Os psicodélicos são substâncias poderosas que podem produzir efeitos profundos de alteração mental. Acredita-se que essas drogas atuam afetando os circuitos neurais que usam o neurotransmissor serotonina.
A terapia psicodélica é um tipo de prática psiquiátrica que envolve a ingestão de uma substância psicodélica como parte de um processo psicoterapêutico. A dietilamida do ácido lisérgico (LSD) e a psilocibina, que alteram a consciência, estão sendo usadas e pesquisadas para fins terapêuticos em ambientes clínicos e não clínicos.
Embora as comunidades indígenas tenham usado psicodélicos em ambientes terapêuticos e religiosos durante séculos, a terapia psicodélica é relativamente nova em ambientes clínicos ocidentais. Por enquanto, o uso médico é autorizado apenas em protocolos de pesquisas e, mesmo assim, de forma controlada.
O primeiro ensaio randomizado a comparar doses terapêuticas de psilocibina com uma medicação diária sugere que a droga psicodélica pode ser usada em ambientes clínicos para tratar a depressão e que provavelmente têm efeitos duradouros. Os resultados foram publicados no The New England Journal of Medicine.
O LSD foi estudado entre os anos 1950 e 1970 para remissão de sintomas psiquiátricos em vários transtornos, como ansiedade, depressão, doenças psicossomáticas e vícios. Porém, foi proibido, e as pesquisas cessaram. Um estudo recente, publicado na Frontiers in Psychiatry, comprovou a eficácia dessa substância contra o alcoolismo.