Ciência dos vícios: por que nosso desejo se torna incontrolável?

A ciência explica por quais razões drogas, comidas, redes sociais, sexo e outros vícios são difíceis, mas não impossíveis, de serem abandonados.

Mais de 200 mil pessoas morrem por ano por causa do consumo de drogas, mais de 1 bilhão de indivíduos fumam e quase 5% dos adultos são alcoólatras. Não há levantamento sobre a dependência de jogos de azar, redes sociais, celulares, comida, sexo e outras atividades compulsivas.

Pesquisas feitas em cérebros de animais e de humanos apontam que a dependência provoca centenas de alterações na estrutura cerebral, desequilibrando o funcionamento químico e afetando até mesmo a interação entre os neurônios.

A compulsão desorganiza os circuitos neurais de desejo, hábitos, prazer, aprendizado, controle emocional e conhecimento para atribuir mais valor ao objeto do vício do que as demais atividades e interesses, como trabalho, saúde e família.

O sistema de recompensa do cérebro é estimulado por sinais subliminares associados às drogas, revela uma análise de imagens cerebrais de dependentes de cocaína de um estudo neurocientífico. Apenas 33 milissegundos são necessários para ativar os circuitos de gratificação.

Ao descobrir o mecanismo do vício no cérebro, os cientistas podem combater a compulsão. Em laboratório, medicamentos foram capazes de bloquear receptores de dopamina em camundongos, inibindo a decisão relacionada a jogos.

Gostou deste conteúdo? Compartilhe-o e ajude a fortalecer o debate sobre saúde e bem-estar.