A fome, o sono e até mesmo as alterações de temperatura do nosso corpo são funções controladas por esse mecanismo. Nesse sentido, a luz do dia e a da noite regem nossos ciclos biológicos, também conhecido como ciclo circadiano. Existem cerca de 20 mil células nervosas que comandam essa atividade.
As proteínas fotossensíveis presentes em nossas retinas são responsáveis por interpretar as mudanças de luz capazes de manter o corpo em bom funcionamento. Quanto menos luz recebemos, mais melatonina produzimos e mais sonolentos ficamos.
Com a incorporação da tecnologia, a luz artificial emitida por nossos celulares, televisores, computadores e outros aparelhos passou a afetar nosso relógio biológico, ou seja, ela passou a causar perturbações similares ao efeito “jet lag”.
Quando passamos por diferentes fusos horários em uma viagem, nosso relógio biológico acaba permanecendo no mesmo do local de origem. Por esse motivo, pode levar alguns dias para o cérebro “sincronizar os ponteiros”.
Em 2017, três geneticistas conquistaram o Prêmio Nobel após desenvolverem um estudo sobre os impactos do ciclo circadiano nos seres vivos. Mas eles não são os únicos, a temática ganhou destaque na área da Ciência e já são inúmeras as pesquisas a fim de encontrar a correlação, bem como novos tratamentos para distúrbios do sono, obesidade, entre outras condições de saúde.