O que é e como controlar a ansiedade?

Ficar ansioso é um processo natural do ser humano, mas a situação requer atenção quando o sentimento se intensifica com o tempo

Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.

Momentos ansiosos são comuns no cotidiano, mas como os distinguir de possíveis transtornos de ansiedade? Conheça as diferenças, como aliviar os sintomas rapidamente e as especialidades médicas que colaboram para diagnósticos e tratamentos.

O que é a ansiedade?

A ansiedade é um sentimento natural, que pode acontecer seja pela expectativa por algum evento, seja pelo estresse gerado em determinada situação, funcionando como um alerta para a pessoa que a vivencia. Esse estado é capaz de gerar medo, temor, inquietação e desconforto, além de sintomas como tensão, suor excessivo e aumento dos batimentos cardíacos.

O que é a crise de ansiedade?

Quando os sintomas da ansiedade se agravam, acontecem crises que podem ser momentâneas ou não, impactando o corpo físico. Apesar de o estado ansioso ser uma resposta normal, a intensidade de uma crise pode ser variável, então exige atenção quando se torna constante. Isso porque, nesses casos, pode ser um indicador de transtornos de ansiedade, que são patologias que interferem diretamente na qualidade de vida do indivíduo e prejudicam relações e atividades como o trabalho e os estudos.

Uma crise de ansiedade pode afetar a vida profissional e a estudantil de uma pessoa, deixando-a sobrecarregada.

Existem diferentes tipos de transtorno, classificados desta forma:

  • transtorno de ansiedade generalizada (TAG) - provoca dificuldades de concentração e preocupações excessivas com questões simples do cotidiano, podendo durar mais de seis meses;
  • síndrome do pânico - ataques de pânico repentinos e constantes são o principal sintoma, levando ao medo desmedido em situações em que não há nenhum perigo aparente;
  • fobias - caracterizam-se pelo pavor a diferentes fatores, como insetos e aracnídeos, locais cheios ou momentos de sociabilidade;
  • agorafobia - marcado pelo medo excessivo e paralisante de estar em espaços públicos, o distúrbio pode levar a pessoa à reclusão total;
  • transtorno de ansiedade de separação - mais comum em crianças menores de 12 anos, expressa o medo de as pessoas serem separadas daquelas pelas quais têm afeto;
  • mutismo seletivo - tipo raro que acomete geralmente crianças até os 5 anos e é associado a timidez excessiva, vergonha e compulsão, causando dificuldade para conversar com pessoas de fora do núcleo familiar;
  • transtorno de estresse pós-traumático - surge após experiências traumatizantes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 264 milhões de pessoas em todo o mundo têm distúrbios ansiosos, que são mais frequentes em mulheres, apesar de poderem afetar todos os indivíduos igualmente.

De toda forma, é importante saber que uma crise de ansiedade não é o mesmo que um ataque de pânico. Mesmo em meio a semelhanças, ambos produzem reações diferentes e exigem tratamentos específicos.

O Brasil figura na lista de países com mais pessoas ansiosas no mundo, com 9% da população sendo afetados, de acordo com a OMS.

Como saber se você tem ansiedade?

Alguns fatores favorecem o desenvolvimento dos transtornos, sendo eles:

  • histórico de doenças mentais na família;
  • eventos traumáticos na infância ou na fase adulta;
  • traços de personalidade, como timidez e isolamento;
  • comorbidades, principalmente problemas na tireoide ou arritmias;
  • uso de cafeína e de determinadas substâncias medicamentosas.

A ansiedade desperta preocupação quando os sintomas decorrem, no mínimo, há seis meses, provocando dificuldades no cotidiano do paciente. Entretanto, o diagnóstico depende da avaliação psicológica em que sintomas, histórico médico, acontecimentos da vida e outros aspectos são analisados pelo médico responsável a fim de identificar a presença ou não do transtorno.

O que a ansiedade pode causar no corpo?

Quando não tratada, a ansiedade afeta o dia a dia, levando a mudanças corporais que também impactam as partes emocional, mental e comportamental do indivíduo, envolvendo as vidas pessoal, profissional e afetiva.

Como a ansiedade afeta o corpo?

Como ajudar uma pessoa com crise de ansiedade?

Crises de ansiedade provocam a sensação de "estar sem chão" ou em aflição constante com o que ainda está por vir, por isso atividades que promovam a conexão com o momento presente são de extrema importância. Algumas ações que podem ser feitas para ajudar uma pessoa a voltar a si são:

  • 1. criar uma lista de tarefas para saber quais são as prioridades e as responsabilidades diariamente;
  • 2. praticar exercícios de respiração que conectem a mente ao corpo, como meditação, atenção plena (mindfulness) e yoga;
  • 3. vivenciar o momento, prestando atenção às atividades mais corriqueiras, como lavar a louça, para evitar o modo automático e se centrar no momento;
  • 4. desenvolver hábitos para uma boa higiene do sono, como se desconectar de telas que emitem luz artificial e tomar um chá calmante antes de dormir;
  • 5. adotar um estilo de vida saudável, com prática de atividade física, boas noites de sono e alimentação balanceada, evitando fumar e ingerir cafeína;
  • 6. participar de grupos de apoio, interagindo com outras pessoas que passam por situações similares.

No entanto, essas táticas não substituem o acompanhamento psicológico, tratamento mais indicado para controlar os sintomas e as possíveis limitações geradas no indivíduo.

Qual é a especialidade médica que trata a ansiedade?

Diferentes especialidades médicas podem ajudar um paciente com crise ou transtorno de ansiedade, sendo os mais comuns o psiquiatra e o psicólogo.A Psiquiatria é um ramo da Medicina especializado em saúde mental, enquanto a Psicologia é um ramo da Ciência que analisa o comportamento humano e os seus processos mentais.

Tanto o psiquiatra como o psicólogo podem realizar diagnósticos e indicar tratamentos para distúrbios mentais, mas os psiquiatras são os únicos que podem prescrever medicamentos. Os psicólogos geralmente realizam sessões de psicoterapia a fim de tratar as inquietações do paciente.

Como diminuir a ansiedade rapidamente?

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Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS), Tua Saúde, Instituto de Psiquiatria Paulista, National Institute of Mental Health, Tua Saúde, Pfizer, Mayo Clinic, PsychCentral