G7 vai doar 1 bilhão de vacinas contra covid-19 aos países pobres

18 de junho de 2021 4 mins. de leitura
Além de distribuir as vacinas, grupo dos países mais ricos do mundo pede investigação sobre as origens do novo coronavírus

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O Grupo dos Sete (G7), que reúne os sete países mais industrializados do mundo, comprometeu-se a doar pelo menos mais 1 bilhão de doses de vacinas contra a covid-19 para as nações mais pobres do planeta até o final de 2022. O anúncio foi feito no domingo (13), após a reunião da cúpula no Reino Unido.

Anfitrião do encontro, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, falou em nome do bloco formado por Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido e Itália. “Há uma semana, havia pedido aos meus colegas que ajudassem a preparar e distribuir as doses necessárias para vacinar o mundo até o final de 2022”, disse ele durante a coletiva.

Segundo Johnson, o Reino Unido contribuirá com pelo menos 100 milhões de doses. Somadas a elas, estarão 500 milhões de vacinas produzidas pela Pfizer que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia-se comprometido a doar alguns dias antes.

Boris Johnson falou em nome dos líderes do G7. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Boris Johnson falou em nome dos líderes do G7. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O anúncio feito agora reforça um compromisso anterior dos líderes do G7, em que os integrantes do grupo se comprometeram a disponibilizar 2 bilhões de doses de imunizantes contra o novo coronavírus. A tendência é que a distribuição dessa nova cota seja concentrada no próximo ano.

Outras medidas para combater a pandemia

A lista dos países que serão beneficiados com as vacinas prometidas pelo G7, a cota destinada a cada nação e os imunizantes incluídos na doação não foram informados. O grupo também não divulgou um cronograma de entrega, gerando críticas por parte de várias entidades internacionais.

Johnson confirmou apenas que a doação poderá ser feita de um país para outro ou pelo programa Covax Facility. A iniciativa, coliderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aliança Gavi e Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), atua na aquisição e na distribuição de vacinas contra a covid-19 para as nações mais pobres.

OMS quer acelerar a vacinação em todo o mundo. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
OMS quer acelerar a vacinação em todo o mundo. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A cúpula também se comprometeu a investir em diferentes ações de defesa global na saúde, com o objetivo de “acabar com a pandemia e se preparar para o futuro, impulsionando um esforço internacional intensificado”. Entre elas, estão o aumento na capacidade de produção de vacinas e melhorias no sistema de alerta precoce de crises de saúde.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comemorou a declaração do grupo e enfatizou que é preciso acelerar a distribuição, principalmente nos territórios onde há aumento de casos. “Saudamos os anúncios generosos sobre doações de vacinas e agradecemos os líderes, mas precisamos de mais e mais rápido”, ele ressaltou.

Origem do novo coronavírus

No comunicado divulgado pelo G7, os líderes das nações mais ricas do planeta pediram uma investigação mais transparente sobre as origens do Sars-CoV-2, que deve ser liderada por especialistas e respaldada na ciência, solicitando a cooperação da China. Os dados são essenciais para evitar novas pandemias.

O documento incluiu ainda a promessa de medidas que ajudem a enfrentar as mudanças climáticas de forma mais intensa. As autoridades também se comprometeram a zerar as emissões de carbono até 2050, além de limitar os investimentos em carvão e a proteger pelo menos 30% das terras e oceanos até o final desta década. 

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Fonte: BBC, UNICEF, G7.

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