Quanto ganha um enfermeiro?

Conheça as possibilidades de remuneração e entenda a importância de um piso nacional para a categoria.

A Enfermagem é um dos pilares da Saúde. O enfermeiro administra medicamentos e prescreve curativos, mas também coordena equipes de técnicos e auxiliares. Além disso, contribui para o planejamento de programas sanitários, estando à frente de muitos deles. Mas será que toda essa responsabilidade resulta em bons salários?

Uma das mais recentes lutas na Enfermagem diz respeito a isso. Fundamentais para a superação de crises como a pandemia de covid-19, auxiliares, enfermeiros, técnicos e parteiras ainda não têm um piso nacional.

Isso leva a disparidades regionais, sobrecarga de trabalho (já que muitos profissionais fazem mais de um turno para compor a renda mensal) e uma desvalorização simbólica da atividade. 

Segundo o site de vagas Catho, a média salarial do enfermeiro no Brasil é de aproximadamente R$ 3.748,69, mas há diferenças substanciais entre o valor pago em São Paulo e Estados com remunerações menores, como Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

O salário também varia conforme a área de atuação. Ainda segundo a plataforma, um enfermeiro-auditor, responsável por conferir, analisar e autorizar processos, ferramentas e procedimentos hospitalares, recebe em torno de R$ 4.198. Quem atua em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ganha por volta de R$ 3.888. Em centros cirúrgicos, é possível chegar a R$ 3.940.

Para promover a valorização da Enfermagem e instituir pagamentos mínimos mais homogêneos e justos nos setores público e privado, o governo federal sancionou este ano o piso salarial no segmento, mas o texto foi vetado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob a alegação de falta de verba.

Pela nova lei: - enfermeiros não poderiam ganhar menos que R$ 4.750; - o piso dos técnicos seria 70% desse valor; - o piso dos auxiliares e parteiras seria 50% desse valor. As regras valeriam para os setores público e privado.

Em todo o Brasil, protestos da categoria estão em andamento por um piso igualitário e condizente com a atuação do enfermeiro. Em resumo: a remuneração adequada ainda não é uma realidade, mas, ao que parece, reivindicações por mudanças só tendem a aumentar daqui para a frente.

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