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Atenção Primária: visitas domiciliares exigem cuidados

A pandemia do novo coronavírus não interrompeu os atendimentos dentro da saúde pública brasileira. Entretanto, o período de crise tem afetado a relação médico-paciente no dia a dia. Pacientes dos chamados grupos de risco, por exemplo, acabam recebendo a atenção primária em ambiente domiciliar de maneira mais recorrente.

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A situação atípica chama atenção para novos cuidados. O que fazer para prevenir a contaminação por covid-19? Quais são os cuidados médicos necessários que os enfermeiros devem ter durante esse período? 

Mesmo com as limitações de locomoção e a necessidade redobrada de atenção com a higiene pessoal, o atendimento médico deve continuar acontecendo e exige cuidados específicos de ambas as partes.

Recomendações aos profissionais

Equipe médica deve sempre usar máscaras durante atendimento domiciliar. (Fonte: Shutterstock)

As unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) são ferramentas essenciais no funcionamento de uma sociedade para combater precocemente diversas doenças que acometem a população. Porém, o fluxo de pessoas que frequentam esses espaços físicos precisou ser limitado durante a pandemia.

Tratando-se de idosos e indivíduos com doenças agravantes ao contrair o novo coronavírus, como a diabetes, é importante manter o isolamento social para não se colocar em um risco desnecessário. Dessa forma, os profissionais de saúde que lidam com essa parcela da população ganham ainda mais responsabilidade.

É fundamental que esses trabalhadores levem consigo sempre o seu equipamento de proteção individual (EPI), pois este impede que as gotículas de saliva se espalhem pelo ar — maneira como o vírus se alastra e infecciona as pessoas.

Além disso, todo o equipamento utilizado na prestação de atendimento médico deve estar sempre esterilizado. Assim também vale para os veículos usados para transportar a equipe de atenção primária, que devem ser higienizados com frequência.

Em carros com capacidade para cinco pessoas, recomenda-se o transporte de apenas quatro indivíduos. Dessa forma, é possível manter uma faixa de isolamento entre aqueles que precisam utilizar esse meio. O porta-malas, por exemplo, também pode ser usado como uma área propícia para a “descontaminação”.

Cuidados dentro da casa

Os profissionais devem se atentar, sobretudo, para não tocar em maçanetas, cadeiras ou mesas. Essa medida serve como precaução para que o coronavírus não sobreviva em superfícies e também facilita tanto a preparação como a organização das famílias atendidas.

Tendo em vista a possibilidade de as famílias não contarem com determinados materiais, o time de suporte médico deve sempre carregar consigo álcool em gel, sabonete líquido e papel descartável. 

O papel da família na atenção primária

As famílias também exercem uma função muito relevante nessa nova relação médico-paciente. Assim como os profissionais de saúde, os familiares presentes no atendimento devem sempre utilizar máscaras caseiras ou descartáveis enquanto a equipe estiver presente no domicílio.

Para evitar a aglomeração de pessoas, somente aqueles que precisam estar por perto para cuidar do paciente devem permanecer no recinto. A família também pode posicionar um pano com água sanitária na entrada da casa para higienizar os calçados dos profissionais.

Por fim, janelas precisam manter-se abertas para facilitar a circulação do ar no ambiente, bem como as superfícies devem ser limpas antes e depois da visita domiciliar.

Telemedicina como facilitadora

Telemedicina ajuda a diminuir o fluxo de pessoas em unidades médicas presenciais durante a pandemia. (Fonte: Shutterstock)

Outro recurso que tem ajudado as APSs durante a pandemia é a telemedicina. Na dificuldade de trazer todos os pacientes até as unidades físicas, o atendimento primário por meios virtuais garante a atenção necessária aos enfermos e diminui o contato entre os indivíduos.

A prática da telessaúde foi regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2018 e atua como um grande facilitador para a Medicina desde então. Logicamente, a função também precisa seguir algumas diretrizes para seu funcionamento ideal.

Para que tudo ocorra bem, as unidades de atendimento médico e os consultórios necessitam estar equipados com uma boa conexão de internet e canais de comunicação funcionais.

A telemedicina, de maneira alguma, trabalha como uma substituta do atendimento médico presencial, mas sim como uma plataforma de suporte. Através dela, as unidades de atendimento conseguem fazer uma triagem de seus pacientes e evitar que casos simples cheguem até o espaço físico.

Segundo o CRM, as plataformas virtuais podem servir como meio para laudos, receitas, pedidos de exames e atestados. No entanto, para que esses documentos sejam validados é preciso que o médico responsável tenha assinatura digital reconhecida pelo Certificado Digital (ICP-Brasil).

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Fontes: Peb Med, Shutterstock.

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