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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente alertou da possibilidade do aumento do número de óbitos por câncer de pulmão no mundo até 2040. Somente no ano passado, 1.794.144 pessoas morreram dessa doença, segundo o levantamento da International Agency for Research on Cancer (Iarc), braço direito de pesquisa da OMS.
A entidade estima que, caso nada seja feito para frear esses dados, esse número pode alcançar a marca de 3,01 milhões de mortes em 2040 — o que seria um aumento de 66,7%. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) registra cerca de 30 mil óbitos anuais por câncer de pulmão.
Sintomas do câncer de pulmão
Um dos grandes agravantes para as crescentes taxas de mortalidade do câncer de pulmão é o diagnóstico tardio, que costuma ocorrer em 75% dos casos. Segundo o alerta da OMS, o tabagismo e todas as formas de consumo de tabaco são consideradas uma ameaça pública à saúde global por serem fatores de risco que levam à doença.
Conforme elencado por especialistas da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), muitos fumantes naturalizam sintomas como a tosse, pigarro e secreção por associarem ao ato de fumar. Entretanto, essa negligência pode acarretar no desenvolvimento do tumor e, consequentemente, na fase terminal do câncer.
Os principais sintomas que podem indicar câncer de pulmão são:
- tosse seca e persistente;
- dificuldade para respirar;
- falta de ar;
- perda do apetite;
- perda de peso;
- rouquidão;
- dor no tórax;
- dor nas costas;
- catarro com presença de sangue;
- cansaço extremo.
Importância do diagnóstico precoce
Principalmente em tempos de covid-19, a tosse e a falta de ar são tratadas como sinais de doença respiratória. Entretanto, quando demoram para passar ou mudam de característica, podem ser um indicativo procurar um pneumologista.
Apesar dos fatores de risco, tabagismo e histórico familiar da doença serem agravantes no surgimento do câncer de pulmão, vale ressaltar que não é necessário se enquadrar em um desses grupos para que a doença se desenvolva.
As chances de sucesso no tratamento de um tumor localizado no pulmão aumentam muito quando o diagnóstico é feito nas fases iniciais. De acordo com um levantamento feito pela American Cancer Society, 59,8% dos pacientes sobrevivem por pelo menos mais cinco anos quando o tumor está somente no órgão.
Caso a doença já tenha-se espalhado para os linfonodos, a sobrevida de cinco anos cai 32,9%. Por fim, essa taxa diminui para 6,3% quando já há metástase. O câncer de pulmão afeta principalmente pessoas com mais de 65 anos, mas pode acometer até mesmo jovens com menos de 45 anos.
Diagnóstico e tratamento
A melhor maneira de se prevenir do câncer de pulmão é manter-se longe dos fatores de risco, sobretudo o tabagismo e o etilismo em excesso. Mesmo assim, é importante que a pessoa atente-se aos possíveis sintomas indicados e busque auxílio médico profissional em qualquer sinal de alerta.
Atualmente, o diagnóstico de câncer de pulmão pode ser feito pela análise de uma tomografia de tórax ou radiografia de tórax, assim como por meio de uma biópsia do tumor. Ao contrário do que se realizava antigamente, quando todos os casos eram tratados com quimioterapia, a Ciência evoluiu bastante nos últimos anos quanto ao tratamento de câncer.
Na era da Medicina de Precisão, muitos casos podem receber a indicação de teste de mutação, que avalia eventuais mutações genéticas do tumor para poder prescrever medicamentos com eficácia comprovada para determinados perfis de pacientes com câncer de pulmão avançado.
Fonte: Medicina S/A, Tua Saúde, A.C.Camargo.