Ícone do site Summit Saúde Estadão

Conheça os novos modelos de atendimento médico no Brasil

A pandemia do coronavírus reconfigurou diversos mecanismos de nossa sociedade. Para evitar aglomerações, é necessário que as pessoas que têm essa opção fiquem em casa. E, nesse sentido, o comércio de serviços essenciais e as unidades de saúde precisaram adaptar sua realidade para garantir a segurança de todos.

Conheça o Summit Saúde, um evento que reúne as maiores autoridades do Brasil nas áreas médica e hospitalar.

Por exemplo, muitas unidades de atendimento aos pacientes passaram a investir na tecnologia para seguir com a realização de consultas e não deixar prejuízos à população. Um dos modelos de atendimento médico em destaque atualmente é a telemedicina.

Entretanto, a prática ainda é cercada de polêmica. Vale lembrar que, para que os atendimentos acontecessem de forma remota, foi aprovado o Projeto de Lei nº 696/2020 em caráter emergencial, em março de 2020.

Pandemia do coronavírus acelerou o processo de implantação da telemedicina no Brasil. (Fonte: Shutterstock)

Dessa forma, passou a ser autorizada, em todo o território nacional, a realização de consultas via telefone ou por meio de dispositivos conectados à internet — pelo menos enquanto durarem as medidas de proteção contra a covid-19.

Conhecendo a telemedicina

A lei ainda não é definitiva, mas garante que pacientes sejam monitorados e acompanhados à distância. Planos de saúde e seus serviços de telemarketing já orientam os beneficiários a estarem dispostos a encarar esse novo modelo durante esse período ainda sem prazo de encerramento.

Nesse sentido, as consultas podem ser agendadas e realizadas sem que haja o deslocamento de ambas as partes, garantindo a segurança dos envolvidos. As consultas, no geral, partem do pressuposto de uma conversa entre médico e paciente. Algo que pode ser resolvido com a tecnologia de uma forma ágil. Caso seja necessário, o paciente é orientado a realizar seus exames de uma forma segura.

A tendência é de que, mesmo em um mundo livre da ameaça do contágio do coronavírus, os atendimentos por dispositivos digitais permaneçam. Algumas empresas e plataformas que conectam médicos e pacientes remotamente ganharam espaço durante a pandemia e prometem continuar com seu modelo de trabalho independentemente da pandemia.

No entanto, parece ser necessário que o sistema busque medidas para se adequar à telemedicina. Só assim a tendência poderá se concretizar de uma forma mais efetiva no Brasil. Até lá, os mecanismos digitais poderão aguardar atentos os desdobramentos com relação à prática.

Desafios para a implantação de novos modelos

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 72% da população brasileira estão conectados à internet. Logo, a implantação desse novo modelo de atendimento médico no País seria algo a se pensar para o futuro, pois seria capaz de agilizar a forma como as consultas são realizadas.

Para evitar filas e agilizar os atendimentos, muitas pessoas não precisam se deslocar para unidades de saúde. (Fonte: Shutterstock)

Além do mais, o setor de atendimento não teria tantas aglomerações consideradas desnecessárias. Muitas vezes, alguns pacientes sem caráter de urgência precisam apenas de novas receitas médicas, que podem ser encaminhadas via e-mail. Em casos assim, não há a necessidade de novos deslocamentos, garantindo uma qualidade maior na prestação dos serviços e atendimentos.

Em setores rurais, por exemplo, a telemedicina poderia ajudar populações que necessitam de cuidados médicos com maior agilidade. Embora existam grandes vantagens, a implantação da telemedicina necessita também de mecanismos adequados para ser bem-sucedida.

Os sistemas de saúde precisarão de suporte para a capacitação de seus funcionários, e é preciso que as pessoas também se interessem por novo modelo. Além do mais, os cuidados com o sigilo das informações são tópicos ainda em discussão entre os profissionais de saúde.

Apesar de existirem especialistas que acreditam que as consultas por meios digitais têm potencial de interferir em sua qualidade, outros garantem que é possível driblar a maioria das limitações.

O neurologista Jefferson Fernandes, vice-presidente da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde, em entrevista ao Estadão, destacou que essas consultas digitais partem do mesmo princípio das realizadas presencialmente.

“O processo depende da história do paciente, de entender o que o aflige, seus sentimentos. E um benefício dessa prática é que conseguimos avaliar o entorno do paciente e, muitas vezes, ter informações também de seus familiares ou cuidadores que estão ao seu lado”, completou. Nesse sentido, muitos acreditam que a telemedicina veio para ficar.

Acompanhe as notícias mais relevantes do setor pelo blog. Para saber mais, é só clicar aqui.

Fontes: AAFP e PL.

Sair da versão mobile