Coronavírus é uma doença já conhecida. Os primeiros casos em humanos aconteceram nos anos 1960, quando uma variação do vírus começou a atingir principalmente crianças. No fim de 2019, uma nova forma foi registrada na cidade de Wuhan, na China, preocupando a comunidade médica devido a sua fácil propagação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são mais de 15 mil casos em 18 países.
Por ser muito recente, o Covid-19 (nome do novo coronavírus) ainda não tem uma cura definitiva, por isso desperta o interesse de pesquisadores de todo o planeta para a criação de uma vacina capaz de impedir a alta disseminação da doença. Após o governo chinês divulgar informações sobre o DNA do vírus, o laboratório da farmacêutica Inovio, em San Diego, nos Estados Unidos, já iniciou os trabalhos para desenvolver uma vacina e tem expectativa de testá-la em humanos no início do verão norte-americano.
As informações sobre o código genético contribuíram para que os cientistas compreendam as possíveis mutações que o coronavírus pode sofrer nos próximos meses, entendam a origem da doença e desenvolvam o melhor remédio possível visando proteger a população mundial.
Coronavírus no Brasil
Com apenas um caso confirmado de coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde segue acompanhando cerca de 200 notificações de casos suspeitos até 28 de fevereiro.
O Diário Oficial da União publicou um decreto presidencial com assinatura do Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, reativando um Grupo de Trabalho Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional. A equipe foi responsável por atuar no controle da epidemia de gripe suína em 2009 e agora volta a atuar no monitoramento de um possível novo surto.
O governo brasileiro já tomou algumas medidas protetivas para evitar a disseminação do vírus no País, como a instalação do Centro de Operações de Emergência (COE), que trabalha na preparação do sistema de saúde do Brasil para o atendimento de possíveis casos de coronavírus. O comitê também é responsável por absorver as informações de saúde vindas do exterior e elaborar estratégias e ações para impedir que a doença se alastre pelo território nacional.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a necessidade da notificação imediata das autoridades em qualquer suspeita de casos do Covid-19 nos pontos de entrada do País. Além disso, a limpeza em terminais de aeroportos brasileiros deve ser intensificada nos próximos meses.
Sintomas e precauções
O novo coronavírus tem sintomas muito semelhantes aos de um resfriado ou de uma pneumonia. O Covid-19 pode causar tosse, febre e dificuldade para respirar provenientes de infecções no trato respiratório. Como ainda não existe uma cura imediata para a doença, o tratamento consiste basicamente em repouso, e o enfermo deve consumir muita água para se manter hidratado. O uso de remédios para dor e febre e de um umidificador de ar permitem que o indivíduo não sinta tão grande desconforto na garganta, por exemplo.
Como coronavírus é uma doença altamente contagiosa e transmitida pelo ar, é importante manter bons hábitos de higienização. Lavar as mãos constantemente, utilizar lenços descartáveis e evitar o contato com pessoas com sintomas semelhantes aos da doença são métodos efetivos de prevenção.
O vírus pode ficar incubado no corpo por até duas semanas e necessita de exames de biologia molecular para ser identificado através da detecção do RNA viral.
Fontes: Ministério da Saúde, Agência Brasil, NBC News.