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Máscaras ainda são fundamentais no combate à covid-19

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Conforme a vacinação avança no Brasil, algumas pessoas já cogitam abrir mão do uso das máscaras. Contudo, pesquisas apontam que nem mesmo os jovens saudáveis estão livres de serem infectados mais de uma vez. Além disso, nenhuma vacina é 100% eficaz contra a transmissão. 

O objetivo da imunização é diminuir a gravidade do quadro da doença, ou seja, as pessoas vacinadas podem contrair e transmitir o vírus, mas os riscos de hospitalização e morte serão menores. 

O uso de máscaras para os vacinados

No Brasil, o percentual de vacinados com a primeira e a segunda doses é de 11,3%. (Fonte: muravev/Freepik/Reprodução)

Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha dado uma declaração da possibilidade da desobrigação da máscara no País para os vacinados e para quem já teve a doença, os estudos sobre transmissão e reinfecção comprovam a importância da máscara para frear a circulação do vírus. 

Mesmo com a vacinação ocorrendo, os números de óbitos estão ultrapassando 2 mil casos por dia. O infectologista Marcelo Otsuka, vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), ressalta que o uso máscara é uma política de saúde pública. 

Para ele, só é possível considerar a desobrigação quando mais de 75% da população estiver vacinada, e a taxa de infecção estiver entre 0,3 ou 0,5. No momento, a taxa de infecção é de 1,0. 

Já há estudos sendo realizados para comparar a taxa de transmissão entre vacinados e não vacinados. Um estudo preliminar publicado em abril pela Public Health England (PHE), agência de saúde da Inglaterra, mostrou que os vacinados que tomaram a vacina da Pfizer ou AstraZeneca tinham menor probabilidade de transmitir a covid-19, entre 38% a 49%.

Outro estudo realizado em profissionais de Saúde de Israel mostrou que a vacina da Pfizer reduziu a transmissão em até 75%. Contudo, as informações são preliminares e ainda não devem ser embasadas nas mudanças para a população geral.

Máscara ajuda a evitar reinfecção

Após a infecção por covid-19, algumas pessoas podem apresentar uma imunidade natural. Contudo, o tempo de proteção pode variar. (Fonte: Freepik/senlvpetro/Reprodução)

O infectologista pediátrico Robério Dias Leite ressalta que nenhuma vacina é 100% eficaz. Portanto, a máscara ainda é essencial para evitar reinfecção. Outro ponto é que as chances de contágio têm aumentado com as novas variantes, que podem ter taxa de infecção e letalidade diferente das cepas já conhecidas e utilizadas no desenvolvimento das vacinas em aplicação. 

Os estudos já comprovaram que, após a infecção por covid-19, alguns pacientes podem apresentar uma imunidade natural, mas esse período pode variar de 50 dias até 6 meses. Sem essa garantia, há relatos de várias pessoas reinfectadas. 

Há situações, inclusive, de indivíduos que tiveram casos leves da primeira vez e, na segunda, os sintomas foram mais fortes. Um estudo dinamarquês publicado na revista The Lancet mostrou que os idosos são os mais propensos à reinfecção. 

Ou seja, enquanto grande parte da população não for vacinada e a imunidade de rebanho for alcançada, os vacinados e quem já contraiu a doença precisam continuar utilizando a máscara. 

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