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Morte por doença cardiovascular pode aumentar na pandemia

Heart attack concept. Man suffering from chest pain, closeup

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O grupo de pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) ganhou o prêmio 2020 Impact Award do periódico The American Journal of Physiology-Heart and Circulatory Physiology. O sucesso se deve a um artigo, que foi o mais citado no ano passado, segundo informações da Federação Nacional dos Hospitais.

Com cerca de 77 citações, a pesquisa realizou a revisão de 50 estudos e abordou os impactos do sedentarismo no período de isolamento social. Constatou-se que a inatividade de curto prazo pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de enfermidades, já que a falta de atividade física é responsável por 9% das mortes por ano (cerca de 5 milhões no mundo). 

“O resultado a longo prazo seria um aumento de mortalidade por doenças cardiovasculares na ordem de 200 mil. Também haveria um excesso de mortalidade de mais de 2 milhões na população geral”, afirmou Bruno Gualano, professor, pesquisador e coordenador da pesquisa que levou o prêmio, para a Federação Nacional dos Hospitais.

Pandemia influenciou queda da práticas de atividades físicas. (Fonte: Shutterstock)

Pesquisa continua em grupos clínicos de risco na pandemia

Os pesquisadores continuam avaliando grupos clínicos de riscos com doenças cardiovasculares com o objetivo de entender se de fato estão se tornando cada vez mais sedentários com o passar do tempo durante a pandemia. De acordo com a análise, crianças, adultos e idosos com condições clínicas já praticam menos atividade física do que antes.

Agora o foco do estudo é saber se o sedentarismo pode ser um fator de risco para a covid-19 e se as atividades físicas podem ajudar na recuperação de pacientes que se curaram da doença.

De acordo com a pesquisa, realizar exercícios auxilia no combate a doenças cardiovasculares. (Fonte: Shutterstock)

A importância de se manter ativo

Realizar exercício físico, mesmo em casa, auxilia a minimizar os problemas cardiovasculares, sendo a recomendação mínima de 150 minutos a 300 minutos por semana. “É importante destacar que, mesmo que o indivíduo não consiga atingir a frequência ideal, qualquer atividade física é melhor do que nenhuma”, frisa Gualano. 

Segundo o portal Saúde Brasil, a prática regular também auxilia a evitar doenças como a obesidade, pois reduz a gordura corporal e os níveis de glicose — fator de risco comum entre os brasileiros, principalmente jovens, de acordo com boletim de abril de 2021 do Ministério da Saúde sobre a disseminação da covid-19 no País. 

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Fonte: Federação Brasileira de Hospitais, Saúde Brasil.

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