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O Setembro Amarelo foi criado em 2014, com o objetivo de chamar a atenção para a incidência crescente de suicídio no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), são registrados cerca de 13 mil suicídios no País todos os anos. Quase 97% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, em especial à depressão.
A morte voluntária é uma das três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar disso, estudos apontam que 90% dos casos podem ser evitados. No entanto, o estigma e o tabu em relação ao tema desestimulam a procura de ajuda.
Os mitos sobre o comportamento suicida são alimentados pela desinformação. Ao contrário do que se pensa, a maioria das pessoas com comportamento suicida dá sinais ou fala sobre suas ideias de morte. A decisão não é individual e é causada por uma doença que altera de forma radical a percepção da realidade. Dessa forma, a vontade de tirar a própria vida pode ser tratada e curada.
Quais são os principais fatores de risco para o suicídio?
Não existe uma única explicação para a morte voluntária. O fenômeno é causado por uma série de fatores combinados. Um histórico de tentativas e a existência de transtorno mental são os principais fatores de risco. Além disso, o uso de drogas, principalmente do álcool, provoca um aumento da impulsividade e do risco de suicídio.
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Embora possam acometer pessoas de ambos os sexos, de diversas faixas etárias e de aspectos socioeconômicos diferentes, existem algumas características que aumentam as chances de a pessoa tentar tirar a própria vida.
Fatores sociodemográficos
- sexo masculino;
- idades entre 15 e 35 anos e acima de 75 anos;
- pessoas em extrema pobreza;
- moradores em áreas urbanas;
- desempregados e aposentados;
- isolamento social, principalmente solteiros ou separados;
- migrantes.
Aspectos psicológicos
- perdas recentes ou dos pais na infância;
- problemas familiares frequentes;
- datas importantes, como eventos festivos;
- personalidade com traços significativos de impulsividade, agressividade, alterações de humor;
- transtornos de personalidade, depressão, ansiedade ou esquizofrenia.
Condições clínicas incapacitantes
- doenças orgânicas incapacitantes;
- dor crônica;
- lesões desfigurantes permanentes, a exemplo de amputações e queimaduras;
- epilepsia;
- trauma medular, como no caso de paralisias;
- câncer;
- AIDS.
Como prevenir o suicídio
A prevenção do comportamento suicida é uma tarefa que deve ser compartilhada por profissionais de saúde, escolas, governos, empresas e sociedade. É possível evitar as situações de risco seguindo os passos da campanha “Take 5 To Save Lives: Suicide Prevention”.
1. Aprenda os sinais
Conheça os sinais de alerta do suicídio, que nem sempre são óbvios. Mudanças de hábitos alimentares ou de sono, irritabilidade, pessimismo ou apatia devem ser tratados com atenção.
2. Saiba como ajudar
Não tenha medo de perguntar a alguém que você gosta se essa pessoa está tendo pensamentos suicidas. Procure ouvi-la calmamente e sem realizar julgamentos.
3. Pratique o autocuidado
O bem-estar é crucial para nossa saúde geral a longo prazo e pode até nos proteger de doenças. Aprenda algumas dicas para manter a forma mental.
4. Procure por ajuda
Se você ou alguém que você conhece está com problemas emocionais, deve pedir ajuda. Aprenda sobre as diferentes opções de ajuda e como dar o primeiro passo para buscar ajuda e atendimento.
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) oferecem assistência gratuita para pessoas com sofrimento e/ou transtornos mentais. Além disso, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional voluntário e gratuito, 24 horas por dia e sete dias da semana, pelo telefone 141.
5. Espalhe a palavra
Conte sobre esses passos para mais cinco pessoas. Ao compartilhar a campanha, podemos aumentar a conscientização sobre o problema do suicídio e equipar as pessoas com ferramentas fáceis para ajudar a si mesmas e aos outros.
Fonte: Setembro amarelo, Ministério da Saúde, Take 5 to save lives, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).