A tuberculose está entre as dez maiores causas de morte no mundo, com cerca de 10 milhões de notificações de novos casos anualmente. Devido a isso, em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a campanha “Unidos para acabar com a TB”, que classificou os países prioritários no combate à doença no período de 2016 a 2020.
O Brasil figura entre os 20 países com maiores números de casos reportados. A doença, considerada infectocontagiosa, pode afetar diversos órgãos; no entanto, costuma atingir mais os pulmões, fato verificado em 85% das ocorrências. Sua transmissão se dá pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, mais conhecida como bacilo de Koch — em homenagem a Robert Koch, responsável por sua descoberta em 1882.
O contágio acontece pelo ar, através do contato com os bacilos de Koch — que podem sobreviver por até 8 horas, especialmente em locais pouco ventilados — por meio de tosse, espirro ou fala de indivíduos infectados.
É importante ressaltar que nem todas as pessoas desenvolvem a doença. Indivíduos com um sistema imune forte podem bloquear os bacilos, evitando sua proliferação, de forma que fiquem inativos no organismo — casos conhecidos como TB infecção.
Entre os grupos com maior risco de desenvolvimento da doença estão indivíduos com o sistema imunológico baixo, como os portadores de HIV, diabéticos e fumantes.
Sintomas da tuberculose
O principal sintoma da doença é a tosse persistente por mais de 3 semanas, que pode vir acompanhada de catarro esverdeado, amarelado ou com traços de sangue. Falta de apetite, emagrecimento e suor com febre moderada, especialmente no fim da tarde, também são comuns.
Muitas vezes, a pessoa infectada pode passar um longo período apenas com a tosse isolada e atribuir esse sintoma a outras condições de saúde — atitude que pode agravar a doença. Por isso, ao primeiro sinal de piora é indicado procurar ajuda médica.
Assim como ocorre com outras doenças, o êxito do tratamento da tuberculose está ligado ao diagnóstico precoce. O protocolo padrão prevê a administração de quatro drogas nos primeiros dois meses; a extensão do prazo ocorre de acordo com a recomendação médica. O tratamento de seis meses costuma ser suficiente para que a pessoa se cure da infecção.
Em alguns casos, a doença pode se agravar, seja pelo início tardio do tratamento ou pelo desenvolvimento de uma bactéria resistente aos medicamentos.
Formas de prevenção
Para evitar a disseminação da tuberculose de forma eficiente, é necessária a rápida identificação dos sintomas em indivíduos infectados pelos bacilos de Koch. Além disso, o tratamento deve ser realizado de forma rigorosa, prevenindo a contaminação de outras pessoas. A vacina BCG, quando aplicada no primeiro mês de vida, pode ajudar a prevenir as manifestações mais graves da doença em crianças.
Fontes: Agência Fiocruz de Notícias, Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.