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As farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram na segunda-feira (22) que a vacina Comirnaty ofereceu uma forte proteção contra a covid-19 em adolescentes de 12 a 15 anos quatro meses após a segunda dose.
Entre os 2.228 participantes acompanhados por um estudo, houve casos confirmados de sintomas da doença em pessoas apenas no grupo de placebo. O resultado representa uma eficácia do imunizante de 100% contra o novo coronavírus. A proteção foi consistente independentemente do gênero, raça, níveis de obesidade e status de comorbidade.
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Não houve registro de preocupação séria de segurança entre os indivíduos em seis meses de acompanhamento. A principal preocupação de segurança neste grupo etário é a miocardite (inflamação do coração) associada à vacina em homens. Mas, esses casos são muito raros e os benefícios da vacinação continuam a superar os riscos, mostraram os dados.
Vacinação de adolescentes
Nos Estados Unidos quase 10 milhões de adolescentes com idades entre 12 e 15 já receberam pelo menos uma dose da vacina da Pfizer-BioNTech, segundo informações dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o que representa quase 60% dos cerca de 17 milhões de pessoas com essa idade que são elegíveis.
Em comunicado divulgado pelas farmacêuticas, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, considera que o resultado do estudo é “especialmente importante porque vemos as taxas de covid-19 subindo nessa faixa etária em algumas regiões, enquanto a absorção da vacina diminuiu”. Embora adolescentes tenham uma chance menor de desenvolver sintomas graves da covid-19, eles podem vir a óbito devido às infecções causadas pelo Sars-CoV-2.
Aplicação da vacina da Pfizer
A vacina da Pfizer tem autorização definitiva para aplicação em pessoas com 16 anos ou mais nos Estados Unidos. O imunizante tem uma autorização emergencial da Food and Drug Administration (FDA) para aplicação em adolescentes de 12 a 15 anos desde maio. No final de outubro, o órgão também permitiu a aplicação emergencial para crianças de cinco a 11 anos.
No Brasil, a Comirnaty está autorizada para a aplicação em pessoas a partir de 12 anos desde junho. A vacina aguarda liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o público entre cinco e 11 anos, solicitada no início de novembro.
As empresas esperam que os dados possam apoiar seus pedidos de aprovação definitiva para a nova faixa etária de adolescentes junto a órgãos reguladores nos Estados Unidos e em todo o mundo. Em paralelo, as farmacêuticas desenvolvem estudos para a imunização de bebês acima de seis meses.
Fonte: Pfizer, Agência Brasil.