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Vacinas da rede pública e vacinas da rede privada: quais são as diferenças?

Desde o nascimento até os primeiros dez anos de idade, as crianças precisam receber ao menos 12 vacinas, em um total de 25 doses, divididas entre as principais e as de reforço. Essas imunizações são disponibilizadas pela rede pública de saúde e devem ser administradas na idade recomendada; no entanto, é possível que alguns pediatras prescrevam vacinas disponíveis apenas em clínicas particulares.

É comum alguns pais terem dúvidas sobre o porquê de haver vacinas que não fazem parte do Calendário da rede pública e sobre sua real necessidade. Há também aqueles que questionam sua eficácia e a possibilidade de apresentarem menos reações.

Como é criado o Calendário de Vacinação?

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) é o órgão responsável por criar os Calendários de Vacinação. O trabalho é feito com base em evidências científicas de estudos realizados em todo o mundo e em conjunto com outros órgãos públicos. Nessa tarefa, os seguintes fatores são considerados:

Vacinação pública versus vacinação privada

Quanto à eficácia e necessidade

A maior parte dos pais tem dúvidas quanto à eficácia das vacinas da rede privada. Será que ela sãos mesmo necessárias? O Calendário de Vacinação pública enfrenta um grande desafio: o custo. E isso não é exclusividade do Brasil, mas uma realidade em todo o mundo, por isso as vacinas da rede pública são disponibilizadas de acordo com a incidência das doenças; logo, se uma doença for considerada de baixo risco, sua imunização será descartada.

Um exemplo é a vacina pneumocócica. A versão da rede pública oferece proteção contra dez doenças; já nas clínicas é possível encontrar versões com até 30% mais proteção. Nesse caso, o governo opta por uma opção mais barata, que cobre 70% dos tipos de pneumonia, enquanto a rede privada cobra mais caro por uma possibilidade mais completa.

Uma situação parecida ocorre com a vacina contra a gripe: a dose dos postos de saúde é trivalente; já a da rede privada é quadrivalente. Fica a cargo dos pais escolher qual vacina o filho vai receber, considerando, é claro, sua condição financeira.

Seguindo esse mesmo aspecto a respeito da eficácia, há outras vacinas com diferenças semelhantes. Entre elas podemos citar as imunizações contra rotavírus e meningite. O que os pais devem ter em mente é que a SBIm não deixará a imunização de determinada doença de fora do Calendário se ela for considerada necessária.

Outro ponto a ser observado é que, mesmo nos casos das vacinas que protegem contra doenças de menor incidência, não significa que essas enfermidades nunca vão aparecer e fazer vítimas. Por isso, é de extrema importância seguir as recomendações dos pediatras, pois a necessidade de algumas vacinas pode variar de acordo com a região e até mesmo com a época.

Quanto às reações

Há vacinas fabricadas com agentes atenuados (vivos) ou inativados (mortos) e há as conjugadas (com partes do agente). Em alguns casos, as opções oferecidas pela rede pública são feitas com agentes atenuados, que geram mais reações nas crianças. Como as vacinas da rede privada costumam ser conjugadas ou feitas com agentes inativos, produzem menos reações.

Pode-se presumir, dessa forma, que as vacinas das clínicas particulares sempre terão efeitos mais brandos. Isso não é uma regra, pois, como vimos, elas oferecem imunização para mais doenças, o que significa que o sistema imunológico da criança tem que lidar com mais agentes de uma única vez. Como sempre, o ideal é consultar a opinião de um pediatra.

Remédios para evitar reação

Como regra geral, não é recomendado ministrar medicação a alguém sem necessidade. A prática do uso preventivo de antitérmicos já foi bem comum, a fim de atenuar as reações das imunizações. Contudo, estudos científicos demonstraram que a eficácia das vacinas pode ser comprometida, o que pode colocar a saúde da criança em risco.

Segundo especialistas, a única vacina que mantém seu grau de eficácia com o uso preventivo de antitérmicos é contra a meningite B.

Vacinação de gestantes

A vacinação de gestantes com a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, coqueluche e tétano — dTpa ou dTpa-VIP) é de suma importância para evitar que a bactéria seja transmitida ao recém-nascido, assim como serve para ajudar o sistema imunológico da criança a se proteger enquanto ela aguarda sua primeira dose.

A vacinação é um ato cívico de importância individual e coletiva. Em caso de dúvidas, consulte um pediatra.

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Fontes: SBIm.

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