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Implante contraceptivo é eficaz na redução da gestação não planejada

Anticoncepcional de longa duração age ao longo de 3 anos, tem 99,95% de eficácia e independe da disciplina da mulher

Por Organon e Estadão Blue Studio

Segundo o Relatório de População da ONU 2022, o número de gestações não planejadas no mundo chega a 121 milhões por ano. No Brasil, 55,4% de todos os nascimentos não são planejados.

Já o Ministério da Saúde sinaliza que mais de 400 mil brasileiras entre 12 e 18 anos se tornam mães anualmente.

Para quem engravida sem desejar, o nascimento de um filho representa uma mudança radical em seu projeto de vida. Adolescentes geralmente abandonam a escola e, sem estudos, têm menos chances no mercado de trabalho. Muitas gestantes deixam o emprego. As que vivem relacionamentos abusivos enfrentam dificuldades para cortar os laços com o agressor. “A gravidez não planejada é uma questão humanitária, de saúde pública, de direitos humanos e de equidade de gênero”, afirma a ginecologista Ana Teresa Derraik.

Coordenadora do projeto Acolhe, iniciativa do governo do Rio de Janeiro que oferece implante contraceptivo a adolescentes pelo SUS, ela conta que atualmente o único método anticoncepcional de longa duração disponível em todo o território nacional é o dispositivo intrauterino de cobre (DIU). “Em alguns Estados e municípios, há ações pontuais para a colocação do implante subdérmico de etonogestrel, mas é preciso ampliar seu de acesso, pois esse é um dos métodos mais seguros. Sua inserção é simples, rápida e mais confortável doque no caso do DIU.”

O implante subdérmico

Reconhecido pela alta eficácia, o implante tem a forma de uma haste flexível, de 4 cm por 2 mm de diâmetro. Colocado sob a pele do braço com anestesia local, libera o hormônio etonogestrel, em baixas quantidades e ao longo de três anos, de forma a prevenir a gravidez. “Ao contrário da pílula ou do anel vaginal, que exigem a lembrança rotineira, ele independe da disciplina da mulher”, diz a médica.

Para contribuir com a prevenção à gravidez não planejada, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) acaba de abrir consulta pública para avaliar a oferta, pelo governo federal, de implantes subdérmicos de etonogestrel a mulheres de 18 a 49 anos como parte da política de planejamento reprodutivo.

https://www.estadao.com.br/saude/implante-contraceptivo-e-eficaz-na-reducao-da-gestacao-nao-planejada/

Foto: Getty Images

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