Estrias são cicatrizes que surgem devido à degradação das fibras de colágeno e elastina presentes na pele. Elas costumam aparecer em regiões específicas, como coxas, braços e barriga, e atingem principalmente mulheres. Apesar de não oferecerem riscos significativos à saúde, as estrias incomodam muitas pessoas pelo fator estético.
Essas lesões na pele podem ser permanentes, por isso é preciso entender o processo de formação, os estágios delas e como é possível evitar que as cicatrizes durem para sempre.
O que causa a lesão?
O tecido da pele humana tem características importantes para o bom funcionamento, entre elas a elasticidade. Essa função é realizada pelas fibras de colágeno e elastina, que são bastante resistentes e flexíveis para que a pele não se rompa em grandes movimentações. Porém, quando esse tecido é esticado em excesso por um longo período, são formadas pequenas lesões lineares conhecidas como estrias.
A forma mais comum de sofrer essas lesões é com mudança brusca de peso. Quando uma pessoa engorda, as fibras da pele sofrem alterações para suportar o novo tecido. Isso faz que elas estiquem, principalmente em regiões que acumulam muita gordura. Quando a pessoa emagrece, a pele já sofreu um processo de esgarçamento, e as estrias aparecem.
As marcas também ocorrem com frequência em adolescentes em fase de crescimento e grávidas. No caso da gestação, a região da barriga sofre aumento no volume devido à presença do feto. Já no estirão da adolescência, várias áreas do corpo podem ser afetadas, pois o crescimento repentino acontece de forma distribuída.
A importância da cor
Além das conhecidas cicatrizes brancas, as estrias podem apresentar coloração roxa ou avermelhada. Essa cor é um indicador do tempo da lesão, sendo as cicatrizes brancas mais antigas, enquanto as roxas e vermelhas são mais recentes.
Por que é importante saber disso? As estrias recentes têm maior possibilidade de não gerar cicatrizes permanentes caso sejam tratadas corretamente. Alguns dos procedimentos são:
- ácido retinoico ou tretinoína — esse tipo de ácido ajuda a reconstruir o colágeno da pele, sendo eficaz em estrias recentes, mas alguns pacientes podem ter irritação no local aplicado;
- peeling — tem efeito similar ao do ácido retinoico, ajudando a descamar a pele afetada e acelerando a reconstrução dela;
- esfoliação — eficaz em lesões muito recentes, faz apenas a descamação da pele superficial;
- laser — ajuda a estimular a produção de colágeno e elastina e melhora a velocidade de cicatrização, sendo um dos poucos tratamentos que obtêm resultados em estrias brancas mais antigas.
Como evitar
A melhor forma de não se incomodar com as estrias é pela prevenção. Embora as cicatrizes relacionadas ao crescimento e à gravidez sejam difíceis de se evitar, ter cuidados básicos com a saúde pode ajudar a prevenir os tipos associados ao ganho de peso e ao sedentarismo. Algumas práticas impactantes são:
- beber bastante água;
- dar preferência a alimentos saudáveis;
- praticar exercícios físicos regularmente;
- manter os índices de gordura corporal em um patamar saudável;
- manter a pele hidratada.
Além disso, alguns óleos e produtos naturais podem ajudar no estímulo à produção de colágeno no corpo. Também existem suplementos para casos de baixa produção natural.
Fonte: Forbes, Nature Cancer, Fiocruz