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A empresa biotecnológica Moderna, dos Estados Unidos (EUA), divulgou no dia 25 de maio que a sua vacina apresentou eficácia em adolescentes durante a fase de estudos clínicos. Devido a isso, agora pretende expandir os estudos para a aplicação da segunda dose do imunizante em grupos com menores de idade.
Atualmente, autorizada para uso em indivíduos com 18 anos ou mais em diversos países, a vacina da Moderna utiliza RNA mensageiro para proteger as pessoas da doença infecciosa. Em declaração para a imprensa, a corporação declarou que planeja enviar documentos regulatórios no início do próximo mês para agências de saúde em todo o mundo que buscam autorização do imunizante para a faixa etária de 12 a 17 anos.
Vacinação para jovens
Caso seja aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, a vacina da Moderna se tornaria a segunda opção possível para ser aplicada em pessoas menores de 18 anos. No início de maio, o órgão do governo norte-americano concedeu autorização emergencial para que o produto da Pfizer/BioNTech fosse usado em adolescentes entre 12 e 15 anos — que já era válido para jovens de 16 e 17 anos.
Os resultados apresentados pela Moderna incluem estudos da fase 2 e 3 feitos com 3,7 mil voluntários entre as idades de 12 e 18. Esses participantes foram designados aleatoriamente para receber o imunizante verdadeiro ou um placebo em duas injeções administradas com 28 dias de intervalo.
O principal objetivo da pesquisa era mostrar uma resposta imune com o passar do tempo que fosse semelhante ou melhor ao efeito obtido durante a fase 3 de estudos com adultos. Segundo os dados preliminares, o grupo vacinado não apresentou nenhum caso de covid-19 após a injeção das duas doses, em contraponto aos quatro casos entre os que receberam o placebo.
Eficácia da vacina
Para a análise de dados, o estudo considerou casos de covid-19 de todos os voluntários que desenvolveram pelo menos dois sintomas da doença e que testaram positivo para o vírus Sars-CoV-2 pelo menos uma vez. Tendo essa definição em mente, o imunizante se mostrou 100% eficiente após 14 dias da injeção da segunda dose.
No entanto, a menor taxa de incidência de covid-19 em crianças levou a empresa a também contabilizar os casos com sintomas mais leves para a elaboração dos relatórios — diminuindo a necessidade de dois sintomas para apenas um. Após essa atualização, a vacina teve 93% de eficácia após 14 dias da aplicação de uma única dose.
Planejamento para o futuro
De acordo com a declaração da Moderna, a vacina se apresentou bastante tolerada em grupos mais jovens de pessoas. Enquanto adultos demonstraram efeitos colaterais ao imunizante, como fadiga, calafrios, dor de cabeça e no local de injeção, os adolescentes não tiveram qualquer reação.
A empresa destacou que efeitos colaterais se mostraram algo corriqueiro também em outras vacinas de covid-19, sendo problemas classificados como leves a moderados e sem qualquer risco grave de segurança.
No dia 10 de junho, a FDA tem uma reunião agendada com o Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados dos EUA para debater a abordagem da agência para autorizar vacinas contra o corona coronavírus para adolescentes. O encontro virtual, que será aberto ao público, aceitará comentários da comunidade e também falar da vacinação para jovens de 11 anos ou menos.
Fonte: Medcity News, Business Wire.