O Dia Internacional do Câncer Infantil é lembrado anualmente em 15 de fevereiro. A data, instituída em 2002, alerta para a patologia que registra cerca de 300 mil novos casos por ano no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A neoplasia maligna é a principal doença que causa morte na faixa de 1 a 19 anos, conforme informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar disso, mais de 80% dos pacientes podem se curar com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
Tipos mais comuns de câncer infantil
A maioria dos casos envolve crianças de quatro a cinco anos, e os tipos mais comuns são:
- leucemia (que afeta os glóbulos brancos);
- tumores que atingem o sistema nervoso central;
- linfoma (que afeta o sistema linfático);
- neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal);
- tumor de Wilms (tipo de tumor renal);
- retinoblastoma (que afeta a retina, fundo do olho);
- tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos);
- osteossarcoma (tumor ósseo);
- sarcoma (tumor de partes moles).
Prevenção
Não existe forma de prevenir o câncer infantil. A patologia não é influenciada por fatores de risco relacionados ao estilo de vida, como tabagismo, alimentação inadequada ou falta de exercício físico.
Entretanto, alguns fatores ambientais, como exposição à radiação, podem provocar a enfermidade, que também pode ser causada por alterações em certos genes herdados dos pais: nesses casos, é importante um acompanhamento médico regular para avaliar os sinais da doença e realizar exames específicos para o diagnóstico precoce.
Diagnóstico
Uma vez que não é possível prevenir a evolução dos tumores, o diagnóstico precoce e o tratamento de qualidade se tornam as principais formas de combater a doença. Entretanto, a maioria dos cânceres infantis se apresenta inicialmente com sinais e sintomas que podem ser confundidos com outras patologias, o que torna difícil o diagnóstico prévio.
Por esse motivo, é necessária atenção especial à ocorrência de nódulos ou inchaços incomuns, febres frequentes, palidez e perda de energia. Sintomas como contusões repetidas, dor progressiva, dores de cabeça frequentes, alterações súbitas de visão e perda de peso repentina também podem ser sinais da doença.
A partir da observação desses sintomas, é possível realizar averiguações específicas, a depender do tipo de câncer, que podem incluir exames de sangue, por imagem e/ou biópsias.
Tratamento
O tratamento do câncer em crianças e adolescentes deve ser realizado em um centro especializado em oncologia infantil. A terapia é aplicada de forma individualizada para cada tumor e de acordo com a extensão da doença e pode envolver quimioterapia, cirurgia e radioterapia.
O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, que inclui pediatras oncologistas, pediatras cirurgiões, radioterapeutas, patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e farmacêuticos é importante para a cura.
Além da recuperação biológica, a terapia deve considerar também atenção integral aos aspectos sociais da doença, para garantir o bem-estar e a qualidade de vida da criança. Por isso, o suporte psicossocial ao paciente e a seus familiares desde o início é fundamental para a cura.
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Fontes: Oncoguia, Instituto Nacional do Câncer (INCA), A. C. Camargo Cancer Center, Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS).