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Como cuidar de bebês prematuros?

A gestação humana dura, em média, de 38 semanas a 42 semanas, por isso a data prevista para o parto (DPP) costuma ser estimada em 40 semanas após a fecundação; no Brasil, 12% dos bebês nascem antes das 37 semanas, configurando prematuros. Gestações gemelares (de gêmeos) costumam resultar em partos antes da hora, mas outros fatores, como infecção uterina, má formação fetal, pré-eclâmpsia, uso de drogas e álcool, podem contribuir para isso.

Ainda que a chegada de um bebê costume deixar toda a família ansiosa, o ideal é que a criança nasça apenas depois de completar o período gestacional, pois só assim ela estará apta a enfrentar o mundo fora da barriga da mãe. Por esse motivo, nascidos prematuramente dependem de cuidados especiais até estarem prontos para ganhar alta do hospital.

(Fonte: Pixabay)

As necessidades de cada bebê prematuro dependem de uma série de fatores; o peso dos pequenos e a idade gestacional são os sinais que mais influenciam na escolha dos cuidados específicos que a criança irá receber logo após o parto.

Primeiros cuidados

(Fonte: Pixabay)

Nem todo bebê precisa passar pela UTI neonatal; isso só ocorre quando a idade gestacional é inferior a 30 semanas ou se o recém-nascido pesa menos de dois quilos. A unidade de terapia intensiva (UTI) serve justamente para o bebê ganhar peso e terminar o desenvolvimento do sistema pulmonar fora do útero — e esse é um dos motivos para crianças nascidas antes da hora apresentarem problemas respiratórios nas primeiras semanas.

O cronograma de vacinas também é diferenciado: a BCG, contra a tuberculose, costuma ser a primeira que bebês recebem, mas, como se trata de uma vacina ativa, o ideal é esperar que o prematuro saia da UTI. Já a vacina contra a hepatite B costuma ser administrada em duas doses para garantir sua eficácia. O hospital também pode incluir suplementos de ferro e vitamina D enquanto o bebê estiver internado, para evitar anemia e problemas nos ossos.

Também é importante ter cautela com visitas, pois o prematuro nasce com o sistema imunológico comprometido. A maioria dos anticorpos é passada pela mãe nos últimos três meses de gestação, então bebês que nascem antes do tempo têm a saúde mais debilitada, e visitas podem levar contaminações para as quais o corpinho da criança ainda não está preparado.

Um dos tratamentos mais eficazes para a evolução do prematuro é o método canguru. Nele, o recém-nascido fica em contato pele com pele com a mãe ou o pai, o que os mantêm aquecidos, cria laços e ajuda a ganhar peso e desenvolver os sistemas motor e cognitivo.

Cuidados em casa

Após a alta, é necessário preparar um ambiente agradável para o desenvolvimento completo do bebê. No hospital, ele está cercado por médicos e enfermeiros, em lugares muito iluminados e cheios de aparatos tecnológicos; em casa, ele necessita de repouso e silêncio. Bebês com alguma sequela também necessitam de atenção extra por parte dos pais e responsáveis.

Na teoria, é difícil ensinar o manuseio de um aparelho de respiração portátil, por isso muitos pais de bebês que necessitam de atenção especial ficam apavorados. Mas é possível manter a calma: os médicos ensinam todos os procedimentos necessários para fornecer o maior conforto possível ao filho.

Outro detalhe é que bebês prematuros e menores costumam ter uma fome mais intensa, alimentando-se mais frequentemente do que os nascidos no período esperado. Assim, os pais precisam ficar atentos aos movimentos do recém-nascido, principalmente durante a noite. Um quarto com meia-luz e silencioso é fundamental para garantir uma boa noite de sono.

A hora do banho também necessita de alguns cuidados: a falta de gordura no corpo do bebê faz com que ele esfrie com mais facilidade, por isso deve-se evitar deixá-lo molhado por muito tempo. Nos primeiros meses, é indicado lavá-lo apenas com água e somente quando necessário, evitando banhos diários e dando preferência para lenços umedecidos no dia a dia.

Os passeios externos só são recomendados para bebês acima de 2,5 quilos e com o quadro de vacinas em dia. Ainda assim, é indicado evitar lugares com grandes aglomerações, como shoppings, festas e supermercados.

Fontes: Healthy Children, EBC.

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