Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.
Cansaço extremo, dificuldade de concentração, alterações no peso, ciclo menstrual irregular e diminuição da libido são alguns dos sinais de que a sua tireoide pode estar alterada. Quando funciona fora do ritmo normal, seja em excesso ou de forma mais lenta, ela gera mudanças capazes de afetar a qualidade de vida.
A tireoide é uma glândula em formato de borboleta localizada na parte anterior do pescoço, abaixo do Pomo de Adão. Considerada uma das maiores glândulas do corpo humano, ela atua na produção de hormônios importantes, que controlam o metabolismo e regulam a função de órgãos como o coração, cérebro, rins e fígado.
Se não funciona da maneira adequada, ela libera hormônios em baixa quantidade, quando se caracteriza o hipotireoidismo, ou os produz em excesso, resultando no hipertireoidismo. Cada caso leva ao surgimento de sintomas diferentes, que podem acontecer em qualquer faixa etária.
Outro problema causado pelo mau funcionamento é o aumento de volume da glândula, conhecido como bócio, associado ao surgimento de pequenos nódulos. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a maioria é benigna, mas cerca de 5% dos casos podem virar câncer.
Exames para detectar problemas na tireoide
Quando a produção dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) é insuficiente ou excessiva, começam a surgir os primeiros sintomas de distúrbios da tireoide. Em geral, eles são causados por uma condição autoimune ou pela deficiência de iodo (nódulos).
Mas como o quadro de sinais costuma ser vasto, gerando confusão, somente uma avaliação clínica detalhada é capaz de diagnosticar algum tipo de doença. Para verificar as condições do paciente, o médico endocrinologista solicita exames de sangue específicos, como o de dosagem de hormônios, que permite avaliar o funcionamento da glândula.
O exame de dosagem de anticorpos produzidos quando há doenças autoimunes também ajuda a detectar inconsistências, assim como alguns exames de imagem. Neste último caso, vale destacar a ultrassonografia do pescoço, que avalia o tamanho e a presença de alterações na glândula, e a cintilografia da tireoide, feita com iodo radioativo.
Nos casos de suspeita de câncer da tireoide, a biópsia surge como alternativa para verificar se o nódulo é benigno ou maligno. Já o autoexame, indicado principalmente para mulheres com mais de 35 anos, auxilia na identificação de qualquer alteração da glândula.
Tratamentos disponíveis
Confirmado o diagnóstico de disfunção na síntese hormonal, a boa notícia é que as doenças relacionadas à glândula têm cura. Normalmente, o tratamento envolve o uso de medicamentos para regularizar a produção de hormônios, evitando o excesso e a deficiência deles, levando a uma melhora nas condições de vida.
Quando há bócio e nódulos tireoidianos, os cuidados devem ser ainda maiores, com a terapia podendo incluir o uso de iodo radioativo e até mesmo a cirurgia de remoção da tireoide, dependendo das condições enfrentadas pelo paciente. Casos de câncer na glândula também costumam ser tratados com esta combinação.
A opção pela alimentação saudável, incluindo a ingestão adequada de iodo, mineral essencial para a formação de hormônios da tireoide, é uma das maneiras de prevenir as doenças da glândula.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Revista ABM, Hipolabor, Tua Saúde.