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Quais vacinas contra covid-19 estão sendo testadas para crianças?

Boy with patch on hand, vaccinated against coronavirus infection. Vaccination against covid-19. Sputnik-V. banner, Copy space.

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Em outubro, a Pfizer conseguiu autorização da Food and Drug Administration (FDA) para aplicar a vacina contra covid-19 em crianças com idade entre cinco e 12 anos. A farmacêutica anunciou que também pedirá a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o registro definitivo do imunizante para a faixa etária.

O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da Coronavac no Brasil, apresentou no início de novembro novos estudos, em andamento na China, sobre a segurança e a eficácia do imunizante em pessoas com menos de 17 anos. O objetivo é mostrar uma relação entre o risco e o benefício da vacina, especialmente para o público entre três e 12 anos.

Pelo menos nove países já autorizaram a imunização contra o novo coronavírus para o público menor de 12 anos, com as vacinas da Pfizer, Coronavac, Sinopharm e Soberana 02. A autorização tem sido apontada por especialistas como o próximo passo importante para combater a pandemia e garantir um retorno seguro às aulas presenciais.

Eficácia da vacina contra covid-19 em crianças

Ainda não existem amplos estudos sobre a aplicação de vacinas contra covid-19 em crianças, mas os testes clínicos já realizados demonstram que os benefícios dos imunizantes superam os riscos de contrair infecções provocadas pelo novo coronavírus. Conheça o que se sabe sobre a eficácia das vacinas já aprovadas para o público infantil e que podem ser aplicadas no Brasil.

Pfizer-BioNTech

Estados Unidos devem vacinar 28 milhões de crianças entre cinco e 11 anos de idade com imunizante da Pfizer. (Fonte: FamVeld/Shutterstock/Reprodução)

No final de outubro, a Pfizer encaminhou um estudo clínico realizado com 2.268 crianças de cinco a 11 anos de idade que receberam duas aplicações da vacina ou placebo, com três semanas de intervalo. Cada dose administrada tinha um terço da quantidade aplicada em adultos.

A farmacêutica concluiu que o imunizante tem uma eficácia de mais de 90,7% para prevenir infecções no público estudado. Os efeitos colaterais observados foram considerados leves em sua maioria e incluíram dor no local da injeção, fadiga, cefaleia, febre e calafrios, sendo mais comuns após a aplicação da segunda dose. Nenhum caso de miocardite foi relatado.

Com isso, conseguiu autorização da FDA para aplicar a vacina em 28 milhões de crianças de cinco a 11 anos nos Estados Unidos (EUA). Além dos EUA, a vacina está sendo aplicada para a mesma faixa etária no Bahrein e nos Emirados Árabes Unidos.

Coronavac

De acordo com o Instituto Butantan, cerca de 70 milhões de crianças e adolescentes foram imunizados com a Coronavac. (Fonte: Tong_stocker/Shutterstock/Reprodução)

Em agosto, o Instituto Butantan apresentou à Anvisa o primeiro estudo do mundo a avaliar o uso de uma vacina contra a covid-19 em uma população a partir de três anos a 17 anos de idade. Entretanto, a agência sanitária rejeitou o pedido de autorização, argumentando que não foi possível concluir sobre a segurança e eficácia na faixa etária.

A pesquisa com 550 crianças foi publicada na revista The Lancet Infectious e concluiu que a Coronovac pode induzir uma forte produção de anticorpos no grupo pediátrico com duas doses administradas no intervalo de 28 dias.

As reações adversas foram registradas em 27% dos participantes e consideradas leves a moderadas, incluindo dor no local da aplicação e febre que desapareciam em até 48 horas após a aplicação. Nenhuma pessoa que recebeu a vacina apresentou efeito colateral grave.

O imunizante está sendo aplicado desde junho na China para pessoas entre três e 17 anos. Além disso, Chile, Equador e Indonésia autorizaram o uso da Coronavac para crianças a partir de, respectivamente, seis, sete e oito anos de idade. 

Fonte: Forbes, Agência Brasil, Food and Drug Administration (FDA), Instituto Butantan.

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