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É inegável que o mundo onde vivíamos antes da pandemia do novo coronavírus mudou completamente. Em poucos meses, os números alarmantes de contaminação e de morte pela doença forçaram as pessoas do mundo inteiro a adotar medidas de isolamento, mudando suas rotinas completamente.
Como os hábitos e as necessidades mudaram, a demanda por determinados tipos de serviços aumentou. Por exemplo, a entrega de produtos em casa se tornou um serviço obrigatório para qualquer estabelecimento que esteja funcionando. O que antes era uma tendência que não havia chegado em todos os lugares, tornou-se uma necessidade imediata.
Dessa forma, isso acelerou as mudanças que poderiam demorar anos para ser implantadas, de forma geral. Por isso, a tecnologia entrou em uma corrida para atender a demanda repentina, o que traz inovações em diversas áreas, especialmente na Medicina e nos transportes. Confira a seguir.
Atendimento virtual ao paciente
Com o isolamento social, a comunicação por videochamadas se tornou uma realidade. Com isso, muitas consultas médicas têm sido realizadas pelo atendimento virtual para evitar a contaminação de pacientes em clínicas e hospitais.
A chamada telemedicina se tornou tão importante que foi liberada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em caráter excepcional durante o período de combate ao novo coronavírus.
Com isso, a telemedicina passou a ser exercida como orientação, encaminhamento e monitoramento de pacientes, bem como para a troca de informações entre médicos no auxílio de fazer diagnósticos.
A saúde mental também apresentou alta demanda no atendimento virtual. De acordo com uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para o período da pandemia do novo coronavírus, 40% dos entrevistados relataram se sentir tristes ou deprimidos. E 54% deles responderam que se sentiam ansiosos ou nervosos com frequência.
Para atender a essa necessidade, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) ampliou as possibilidades das consultas online sem limite no número de sessões.
Cruzamento de dados
Como a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, é preciso testar e rastrear o maior de número de casos possíveis para que as pessoas infectadas possam ser isoladas. Esse tipo de medida requer o uso de cruzamento de informações em base de dados da Saúde.
A China foi uma das pioneiras no uso dessa tecnologia no combate contra o coronavírus. Por meio de parceria com companhias telefônicas, o governo chinês consegue cruzar as informações dos casos de contaminação com as de lugares onde as pessoas infectadas estiveram.
Em determinados estabelecimento chineses, o indivíduo precisa mostrar o QR Code na entrada. Caso não tenha passado por lugares com foco de contaminação de coronavírus, poderá entrar. Porém, se houver alguma suspeita, será aplicado o teste de detecção da covid-19. Ainda assim, existem preocupações sobre a privacidade dos dados dos usuários depois da pandemia.
Inteligência Artificial e outras tecnologias
O que antes pareciam previsões distantes de relatórios de tendências agora pode ser aliado ao combate contra o Sars-CoV-2. Ferramentas tecnológicas como Inteligência Artificial (IA), Big Data, computação em nuvem e Internet das Coisas Médicas (IoMT) são alguns dos recursos que podem ser utilizados para encontrar formas de tratamento, evitar a propagação e até a desinformação da população.
No Brasil, a startup Portal Telemedicina desenvolveu um algoritmo de inteligência artificial capaz de identificar a doença a partir de imagens de raios X e tomografias do tórax. Criado com o auxílio da nuvem do Google Cloud, o diagnóstico é complementar aos exames atuais.
Já no portal Entrepreneur, foi apontado que a IA será muito importante no Youtube para moderar vídeos com informações falsas sobre o novo coronavírus.
Entregas automatizadas
Com a demanda urgente por serviços de entregas, surgiu também a questão da diminuição do contágio entre o entregador e a pessoa que receberá o produto. Nos EUA, a empresa Pony.ai começou a testar as entregas por meio de um carro elétrico sem motorista.
Além disso, a empresa chinesa Neolix desenvolveu uma van autônoma para entregar medicamentos em regiões contaminadas e transportar alimentos para trabalhadores que atuam na linha de frente contra a covid-19.
No entanto, para que essas tecnologias possam se desenvolver é preciso abrir a discussão sobre leis de trânsito que incluam essa nova modalidade, além de refletir sobre a manutenção dos empregos.
Não se sabe como estará o mundo depois que o Sars-CoV-2 for erradicado. Entre tantas inovações, novas questões sobre ética, legislação e privacidade já começam a surgir entre especialistas. Nesse sentido, com novas demandas surgindo o tempo todo, é possível perceber que a tecnologia já está avançando etapas e preparando o mundo para futuras transformações.
Fontes: Fiocruz, Entrepreneur, Portal CFM, Portal CFP, Nações Unidas.