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Como o Data Science pode ajudar os bancos de sangue

Uma ferramenta tecnológica auxilia bancos de sangue a resolver uma questão de difícil solução. Por meio do Data Science, a startup SaveLivez faz a triagem de possíveis doadores para conectá-los diretamente com os hemocentros. Com o uso integrado dos dados, a plataforma consegue captar tipos específicos sanguíneos, reduzir o desperdício de material e diminuir tempo.

A oferta de material para transfusões sanguíneas é um problema mundial. Em algum momento da vida, cerca de 25% das pessoas precisarão de uma transfusão. No entanto, apenas 1,8% dos brasileiros doam, de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, os concentrados de hemácias perdem a validade em até 35 dias. No caso, do concentrado de plaquetas, a validade é de apenas 5 dias.

Por esses motivos, a coleta, o armazenamento e a destinação das doações sempre foram um desafio para os hemocentros. A ciência de dados é capaz de aprimorar a previsão de demanda, melhorar a produção e o controle da gestão dos hemocentros. Com a solução, os centros de coleta conseguem manter os estoques de cada tipo sanguíneo entre o nível mínimo e o máximo, evitando a falta ou o desperdício de sangue.

Data Science para hemocentros

Startup lançou iniciativa para auxiliar hemocentros a manter seus estoques, possibilitando salvar vidas de pessoas que necessitam de transfusão sanguínea. (Fonte: SaveLivez)

O sistema desenvolvido pela startup mapeia as necessidades dos hemocentros e a oferta de doadores por meio do site www.salvovidas.com. A plataforma utiliza Métodos Estatísticos, Machine Learning, Inteligência Artificial e Business Intelligence para verificar a demanda do tipo sanguíneo específico e depois encaminhar as pessoas para doação, de forma agendada, em um local próximo.

Para garantir a eficiência do atendimento, os interessados passam por uma triagem de elegibilidade dentro da plataforma, que analisa se estão aptas a doar, poupando seu deslocamento a um hemocentro para verificação.

O site ainda conta com uma assistente virtual, a Livia.bot, que esclarece dúvidas sobre o procedimento. O robô auxilia, inclusive, a identificar possíveis sintomas de covid-19, uma vez que pessoas com sinais da doença não estão aptas para doação.

O site atende 72 hemocentros, sendo que 88% deles são públicos, espalhados por 69 cidades em 13 estados brasileiros. A plataforma tem 25 mil doadores cadastrados, e mais de 220 mil pessoas já se informaram sobre dúvidas em relação à doação. A iniciativa conta com o apoio da Roche e participa da incubadora Eretz.bio, mantida pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

Preocupação com a pandemia

Atendimento por meio de robô faz triagem de possíveis doadores, esclarece dúvidas e também ajuda a identificar os sintomas de covid-19. (Fonte: SaveLivez)

“A baixa adesão de doadores de sangue é um problema anterior à pandemia da covid-19, mas que ganhou contornos ainda mais críticos no contexto do isolamento social”, afirmou Claudia Echeverria, gerente de Patient Advocacy da Roche, em release divulgado à imprensa. “Estimular o hábito de doar sangue é importante para equilibrar as reservas dos diversos bancos de sangue das cidades brasileiras”, ela completou.

O agendamento é realizado por telefone com a definição prévia de dia, horário e local para evitar aglomerações e filas. Todos os hemocentros também estão adotando medidas para evitar a contaminação por coronavírus, como uma distância segura entre as cadeiras de coleta, oferta de álcool em gel e proteção individual para profissionais de enfermagem.

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Fontes: Roche, Ministério da Saúde, SaveLivez, Inovativa Brasil, SalvoVidas.

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