A tecnologia tem sido uma importante protagonista na resposta da sociedade mundial à pandemia de covid-19. O sistema de saúde está na primeira linha de enfrentamento da crise e, portanto, precisa de uma evolução rápida para combater o novo coronavírus.
Conheça o Summit Saúde, um evento que reúne as maiores autoridades do Brasil nas áreas médica e hospitalar.
Tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Big Data, Computação em Nuvem e Internet das Coisas (IoT) oferecem soluções inovadoras, de baixo custo com alto impacto, além da garantia de segurança sanitária. Na prática, o sistema pode ampliar sua capacidade de atendimento e eficiência para focar na promoção de saúde.
As informações deixaram de gerar o trabalho braçal, desde preenchimento de prontuários até os trâmites burocráticos. Agora, a computação é responsável pela organização automática e em tempo real desses dados, em um sistema de fácil acesso, permitindo a realização de exames por meio de monitoramento e com diagnósticos remotos.
Cooperação mundial contra a covid-19
Médicos e cientistas do mundo todo se reuniram em grupos de cooperação internacional diante da necessidade de uma resposta urgente dos sistemas ao surto mundial de covid-19. Essa comunidade de profissionais, instituições de pesquisa, universidades e órgãos públicos está avançando rapidamente em direção a um tratamento e a uma vacina.
O sequenciamento genético e o compartilhamento desses dados na internet deram origem a uma análise de 7 mil amostras, que identificou 198 variações genéticas do Sars-Cov-2, e permitiu mapear parte da disseminação inicial do vírus. A cooperação tem sido importante também para desenvolver terapias alternativas, a partir de estudos anteriores.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta recomendações claras e seguras para o enfrentamento da crise sanitária. Os dois países com maior número de infectados e óbitos por coronavírus no mundo, Estados Unidos e Brasil, coincidentemente, têm-se afastado das orientações.
Resposta rápida
Uma das grandes vantagens da tecnologia é a sua facilidade em ser aplicada e replicada, a partir da internet. O compartilhamento de informações por meio de redes sociais e sites noticiosos nos dão acesso a uma série de soluções que foram desenvolvidas por cientistas.
Profissionais da área de tecnologia também apresentaram rapidamente soluções para casos emergenciais, como o que aconteceu no Norte da Itália. Diante da falta de equipamentos para salvar vidas, imprimiram em 3D uma válvula necessária para os respiradores.
O projeto de impressão foi compartilhado para que outras pessoas pudessem ajudar hospitais em todo o mundo. Além disso, esse mesmo grupo desenvolveu um equipamento de proteção individual a partir da adaptação de uma máscara de mergulho com peças impressas em 3D.
Telemedicina em alta
Com as medidas de distanciamento social para conter o avanço da doença, hospitais e consultórios tiveram de se adaptar para fazer um atendimento a distância. A tecnologia trouxe mais praticidade no acesso a laudos e resultados de exames, diminuição dos gastos de todas as instituições, médicos, pacientes e maior alcance a laboratórios e consultórios.
Além disso, a telemedicina permite a ampliação do número de pessoas atendidas, tudo feito com agilidade e segurança para todos os envolvidos. A tecnologia colabora com outros casos, por exemplo a terapia online, feita por meio de aplicativos, plataformas online e até videoconferência.
Adotados de forma emergencial, essas medidas devem se consolidar como “novo normal”, pois oferecem um modelo de trabalho mais eficiente e podem ser utilizadas como complementar ao atendimento tradicional, que é indispensável em alguns casos. Com isso, podem aliviar o sistema tradicional de saúde para os casos essenciais.
Transformação Digital no Brasil
Uma das maiores referências no Brasil em transformação digital no setor é a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. A instituição começou a investir forte na revolução tecnológica para transformar o hospital em 2017, com criação de diretoria própria voltada à inovação no setor.
O local desenvolve soluções de telemedicina, mobile health, IA e bioinformática, com uma equipe de 40 profissionais da Saúde, de gestão de inovação, da Ciência da Computação, entre outros. A instituição também tem um laboratório de inovação que desenvolve aplicativos para hospitais, médicos e pacientes.
O hospital mantém uma contribuição contínua com startups e já chegou a receber 1,3 mil propostas de soluções nos últimos 4 anos. Uma incubadora desenvolve projetos de tecnologia biológica para diagnóstico e terapias, aplicativos para suporte a paciente e médico, inclusive com reconhecimento facial, além de equipamentos médicos e impressoras 3D.
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Fontes: HealthTech Magazine, Modern Healthcare.