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Medicamento bloqueia variantes do Sars-CoV-2 em ratos

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Uma pesquisa publicada na segunda quinzena de maio, na Science Immunology Magazine, liderada por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, descobriu uma droga com ótimos resultados em camundongos no que se refere ao controle do Sars-CoV-2 e outros tipos de coronavírus. Conheça mais o assunto e saiba como a descoberta pode oferecer uma alternativa importante ao tratamento da doença para humanos.

Resultados na etapa pré-clínica são promissores

O objetivo é oferecer um medicamento capaz de auxiliar na resposta imunológica da covid-19, assim como o Tamiflu utilizado contra a H1N1. (Fonte: Stuart Monik/Shutterstock)

A covid-19 é comumente comparada ao vírus H1N1. Mas, além da letalidade e da taxa de propagação serem diferentes, nesse último caso havia uma medicação para tratamento dos casos graves: o Tamiflu. 

Pensando nisso, os pesquisadores da Pensilvânia passaram a buscar um fármaco capaz de conter o impacto do vírus Sars-CoV-2, reduzindo a mortalidade da doença. A droga diABZI STING agonist se mostrou altamente eficaz na prevenção de casos graves em camundongos infectados com o novo coronavírus. 

A medicação não cumpre o mesmo papel da imunização, que continua sendo o carro-chefe no controle da pandemia, mas, além de garantir que haja menos mortes, ela parece ser eficiente para evitar as mutações do coronavírus.

Além disso, já é consenso na comunidade científica que pesquisadores e gestores da área de saúde precisam se preparar para novas doenças com potencial de gerar novas pandemias. Assim, antivirais de amplo espectro parecem ser uma saída fundamental para poupar milhões de vidas nas próximas décadas.

Conheça os detalhes da pesquisa

Medicamento antecipa resposta imunológica e previne lesões graves no trato respiratório. (Fonte: MarcinWojc/Shutterstock)

Os cientistas testaram diversas drogas potencialmente capazes de provocar uma reação precoce no organismo semelhante à necessária no combate ao novo coronavírus. Assim, antes mesmo de o corpo identificá-lo, o medicamento seria capaz de produzir efeitos protetivos.

Para isso, foi feita uma triagem de alto rendimento com 75 drogas capazes de provocar reação semelhante ao patógeno nas células pulmonares (as células epiteliais do trato respiratório são as mais afetadas pela doença). Ao fim, nove medicamentos ofereceram respostas minimamente adequadas.

Em simulações mais direcionadas, os resultados mais potentes ocorreram com uma pequena molécula recém-desenvolvida chamada diABZI STING agonist. Ela ainda não é aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), mas já foi testada no combate a alguns tipos de câncer.

Os camundongos infectados por covid-19 que receberam a droga via nasal revelaram perder menos peso do que os de controle, que não receberam nenhum tratamento específico. Além disso, reduziram significativamente as cargas virais em seus pulmões e narinas e aumentaram a produção de citocinas.

Como os resultados na etapa pré-clínica foram promissores, os próximos passos da pesquisa devem vir na etapa clínica. Em geral, são feitos testes em algumas dezenas de pessoas; posteriormente, centenas delas; e, ao final, milhares de voluntários. 

Se a resposta humana for semelhante à animal, essa pode ser promissora à família dos coronavírus.   

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Fonte: Immunology Science Magazine, Science Daily.

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