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A prática da telemedicina cresceu durante a pandemia da covid-19 com o objetivo de evitar a ida de pacientes não emergenciais às clínicas e aos hospitais, diminuindo o contato com os médicos e a circulação de pessoas nesses espaços.
O método ganhou a preferência de jovens devido a sua facilidade, já que a informação e o atendimento podem ser feitos de forma mais prática, rápida e confortável. Por isso, um estudo foi feito para analisar a relação entre esse público e a telemedicina no momento atual.
Jovens preferem o atendimento de saúde online
Uma pesquisa feita em fevereiro de 2021 com a participação de 2.040 jovens (entre 23 e 39 anos) pela Harmony Healthcare IT analisou a relação entre esse público, o serviço de telemedicina e as informações online sobre saúde.
Do total de entrevistados, 69% afirmaram que buscam atendimento online. Além disso, a procura por informações sobre saúde no universo virtual também é grande, uma vez que um quarto dos jovens diz confiar no Google para obter um diagnóstico com base em seus sintomas.
Nada menos que 83% dos participantes afirmaram que, mesmo após receberem a orientação médica e o diagnóstico clínico, ainda buscam por conta própria esclarecimentos na internet. Destes, 42% dizem confiar mais em suas pesquisas do que em pareceres médicos.
Apesar disso, 79% dos jovens apontam ter contato com profissional da atenção primária à saúde, mas 41% deixaram claro que a preferência é pelo atendimento por telemedicina.
O estudo destacou que é importante levar em consideração o momento em que a pesquisa foi feita, uma vez que a pandemia ampliou esse tipo de atendimento remoto e pode ter influenciado as respostas dos participantes. Entretanto, isso não invalida os dados, considerando que a Harmony Healthcare IT realizou em 2019 uma pesquisa que levantou informações semelhantes, já indicando a preferência pelo universo online.
De modo que essa predileção se dá, principalmente, em virtude da maior facilidade e comodidade que a telemedicina apresenta. O que traz ao jovem um maior conforto na hora de buscar o atendimento de saúde, fator importante para a nova geração.
Buscas online e o impacto na vacinação contra a covid-19
A pesquisa realizada pela Harmony Healthcare IT também apontou que uma das consequências de os jovens buscarem informações sobre saúde no universo online é ficarem mais suscetíveis a informações falsas, o que impacta na decisão sobre tratamentos e cuidados, como no caso da vacinação.
No estudo, apenas 55% dos participantes afirmaram que tomariam a vacina contra a covid-19, um dado alarmante, considerando a situação da pandemia. Ainda, um quarto dos jovens afirmou que não tomaria a vacina, parcela que também não tem acompanhamento médico regular e que é mais propensa aos atendimentos online, de acordo com o estudo.
Destaca-se que as mulheres são menos propensas a se vacinarem do que os homens (60% deles diz que tomaria a vacina, contra 51% delas), fato que pode estar relacionado à maior preocupação delas quanto aos efeitos colaterais e, ainda, a um possível impacto do imunizante na gravidez e na amamentação.
Fonte: Web MD.