A pandemia do novo coronavírus tem feito com que a comunidade médica descubra alguns dos benefícios do uso da tecnologia em clínicas e hospitais. Com o isolamento social, a telemedicina surge com a proposta de democratizar o atendimento profissional por plataformas online e cria soluções interessantes para o armazenamento de dados, como a implantação do prontuário eletrônico.
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Nos Estados Unidos, o governo criou um incentivo financeiro para instituições que adotem a digitalização dos dados dos pacientes. Dessa forma, seria possível criar um banco de dados unificados entre todos os estabelecimentos médicos norte-americanos e facilitar o compartilhamento de informações entre eles.
Mesmo assim, o prontuário eletrônico realmente é mais benéfico que o arquivamento físico? Como essa tecnologia funciona? Ela já é utilizada no Brasil?
O que é o prontuário eletrônico?
Conforme descrito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o prontuário é um documento único, que reúne uma série de informações sobre a situação da saúde de um indivíduo e que corrobora para a elaboração de um histórico geral da pessoa cadastrada. Portanto, a versão eletrônica nada mais é do que a migração desses dados para as plataformas digitais. Dessa forma, tudo de que a equipe médica precisa para fazer um atendimento de qualidade se torna alcançável através de um toque na tela do celular ou um clique no computador.
Os softwares relacionados também conseguem unir em uma única pasta os setores administrativo e financeiro de uma instituição, atuando na fidelização de pacientes e facilitando o trabalho diário de todos os funcionários na linha de frente e nos bastidores.
Sua instalação pode ser responsável por um aumento significativo na rentabilidade de um consultório. Além de ser um atrativo para o paciente, que tem a certeza de um atendimento mais rápido, a automatização dos processos facilita o fluxo de pessoas no estabelecimento e, consequentemente, eleva o número de consultas.
Quais são as principais vantagens do prontuário eletrônico?
A instalação do prontuário eletrônico pode ser a solução para um problema muito conhecido na medicina: a “letra de médico”. Com a digitalização dos arquivos e a implantação das assinaturas digitais, torna-se impossível que os pacientes sofram com a ilegibilidade de uma prescrição ou de um atestado.
Também existe um caráter ecológico na criação de um sistema digital em hospitais e clínicas. A quantidade de papel utilizado para a criação de relatórios e outros documentos administrativos sofre uma enorme queda após a digitalização do conteúdo, gerando uma ótima contribuição ao meio ambiente.
Há quem acredite que, ao levar a papelada para o mundo digital, é possível que a segurança dos documentos fique comprometida, porém acaba ocorrendo justamente o contrário. No mundo online, é impossível que a documentação seja perdida ou extraviada, e qualquer dano aos arquivos pode ser reparado através de constantes backups no sistema.
Além disso, o banco de dados está resguardado por uma plataforma extremamente criptografada, o que dificulta a ação de hackers e outros agentes maléficos. Isso garante a confidencialidade e a integridade das informações, que só podem ser acessadas por membros autorizados da equipe.
O prontuário eletrônico no cenário brasileiro
No Brasil, existe um movimento crescente para a implantação dos prontuários eletrônicos em clínicas e hospitais privados e públicos. No Rio de Janeiro, em Mato Grosso e São Paulo circulam projetos de lei muito parecidos que visam substituir o prontuário de papel pela versão digital.
Já em nível nacional, um Projeto de Lei do Senado (PLS n. 474/2008) está em tramitação desde o início de 2020 para obrigar a criação de um prontuário eletrônico para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, o atendimento médico brasileiro ganharia uma reformulação na integração de informações.
No Brasil, o prontuário eletrônico digital é regulamentado desde 2002. Na época, o CFM publicou a Resolução n. 1.638/2002, que define as diretrizes gerais do sistema no País. De acordo com os dados do Comitê Geral da Internet (CGI), 74% das instituições médicas nacionais já adotam algum tipo de registro eletrônico para seus pacientes.
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