A gestão de plano de saúde empresarial é uma atividade fundamental para toda empresa e tem como objetivo equilibrar os benefícios do serviço oferecido e os recursos financeiros disponíveis. Sem esse gerenciamento inteligente, a empresa estará sujeita a gastos excessivos com os planos, queda na produtividade e problemas com faltas.
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É importante conhecer os principais desafios encontrados ao gerir os planos de saúde e como solucioná-los, para que a organização esteja sempre preparada para quaisquer adversidades que possam surgir.
Desafios na administração de planos de saúde empresariais
De maneira geral, o aumento dos custos dos serviços é um dos maiores problemas encontrados nas empresas e está presente em diferentes setores. Isso se dá, sobretudo, pela falta de capacitação profissional do setor responsável, o departamento de recursos humanos (RH), em lidar com as especialidades no gerenciamento dos planos.
Nesse contexto, os serviços de saúde oferecidos representam altos gastos que são difíceis de reduzir devido à natureza ligada aos custos diretos, como em cirurgias e consultas. Esse problema se agrava com o uso inadequado do benefício por parte do funcionário, que por vezes não sabe ao certo a qual especialista recorrer e acaba aumentando os gastos em consultas.
Fatores externos como o absenteísmo por doença e a desmotivação contribuem indiretamente com gastos no plano de saúde, visto que são problemas fora da especialidade da empresa, mas que influenciam sua produtividade e eficiência econômica.
Outros desafios encontrados são os hábitos prejudiciais à saúde no ambiente de trabalho, que podem ocasionar doenças ortopédicas. Diante disso, há um significativo aumento nas consultas e indicações de cirurgias, por vezes desnecessárias, que poderiam ser evitadas com uma rotina mais saudável.
A importância da saúde mental no trabalho
Nas últimas décadas, transtornos como ansiedade e depressão receberam atenção e se tornaram maiores preocupações no meio corporativo. Esses problemas podem influenciar até os funcionários mais produtivos na empresa, portanto devem ser prioridade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), neste ano a depressão se tornará a maior causa das faltas no trabalho no mundo. A organização avalia que o problema afeta mais de 320 milhões de pessoas, enquanto outros 260 milhões demonstram transtornos de ansiedade. Na América Latina, o Brasil lidera os números de casos.
Estima-se que o impacto na economia global causado por transtornos mentais no trabalho — principalmente depressão e ansiedade — soma quase US$ 1 trilhão por ano em produtividade. Segundo a OMS, medidas como um ambiente profissional mais saudável, o apoio de colegas e a psicologia organizacional podem auxiliar no combate ao problema.
Contudo, problemas psicológicos podem ser difíceis de serem identificados, visto que o caráter íntimo se torna um fator que inibe o compartilhamento desses dados com a empresa em função do receio de vazamento de informações entre colegas. Esses desafios influenciam a qualidade do mapeamento ocorrências, mas podem ser contornados.
Adaptando a gestão de dados
Uma abordagem eficaz é o levantamento dos problemas existentes por meio da modelagem preditiva com o auxílio de empresas especializadas. O método se baseia em dados matemáticos para prever a ocorrência de determinados eventos em um intervalo de tempo.
Esse tipo de modelagem permite a identificação de grupos de risco e prioriza, entre eles, os funcionários que mais precisam de atenção. Com isso, é possível conscientizar os colaboradores e promover hábitos e rotinas saudáveis de trabalho que previnam o desenvolvimento de problemas de saúde e evitem consultas recorrentes em clínicas e prontos-socorros.
Alternativas tecnológicas
Outra solução é o uso de aplicativos para gerenciar os dados dos planos de saúde, por meio do quais a empresa fica ciente do número de pessoas com determinada condição, e a privacidade do funcionário é preservada. Dessa maneira, garante-se precisão na coleta de dados ao minimizar o risco de omissão do funcionário por receio ou vergonha.
O apoio de profissionais especializados junto de medidas estratégicas de gestão pode poupar gastos excessivos e proporcionar mais produtividade ao promover um ambiente de trabalho mais sadio e confortável para os colaboradores.
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Fontes: Nações Unidas (Brasil), Organização Pan-Americana da Saúde e Ministério da Saúde.