Nos últimos anos, a medicina tem sido extremamente beneficiada pelas inovações tecnológicas. Elas são utilizadas principalmente na detecção de doenças, tratamentos e cirurgias — que são facilitadas a partir do uso de ferramentas como os robôs.
No Brasil, já são realizados cerca de 10 mil procedimentos médicos, e a tendência é de que esse número aumente à medida que essas opções se tornem investimentos mais acessíveis.
Entenda como são feitas as cirurgias com robôs
Para que as equipes estejam aptas a utilizar esses equipamentos, é necessário um treinamento completo — que engloba conhecimentos técnicos e operacionais, com o intuito de evitar eventuais problemas.
O procedimento é inteiramente controlado pelo médico por meio de joystick e pedais auxiliares, que permitem a realização dos movimentos com precisão. Os robôs possuem câmeras, para que o profissional encarregado consiga ver cada detalhe em tempo real. Enquanto isso, as imagens são transmitidas em telas, sendo possível a aplicação de zoom em até 15 vezes.
As máquinas são compostas por cerca de quatro braços, sendo um deles responsável por segurar e posicionar a câmera, enquanto os outros são utilizados para a realização da cirurgia. Os braços robóticos oferecem uma precisão cinco a seis vezes maior do que os de um humano, proporcionando assim conforto para o cirurgião e segurança ao paciente. Além disso, a recuperação costuma ser mais rápida, devido à exatidão da ferramenta.
O processo ocorre em etapas. Primeiro, o corte é feito pelo cirurgião. Em seguida, pode ser inserido gás carbônico na área em questão, para que a câmera consiga captar as estruturas dos órgãos. Após o procedimento, o gás é eliminado naturalmente pelo corpo em até 1 hora.
A cirurgia é feita através de uma máquina, em uma cabine localizada a certa distância do paciente, por medidas de higiene. O resto da equipe auxilia na realização de outras atividades, como aplicação de anestesia ou troca de ferramentas.
Vantagens e desvantagens
A utilização de braços robóticos e outras máquinas garante melhor visibilidade dos órgãos e tecidos do corpo humano, portanto acaba sendo uma ferramenta facilitadora no dia a dia dos médicos e profissionais da saúde.
Sabe-se também que, por ser considerada uma opção menos invasiva, os pacientes submetidos a esse tipo de cirurgia sentem menos dor, e suas cicatrizes são menores.
Entretanto, a prática não é 100% perfeita. Ainda são possíveis riscos de infecções e outras complicações cirúrgicas presentes em procedimentos convencionais. Além disso, o custo desses robôs é bastante elevado, chegando a US$ 3 milhões.
Fontes: Hospital Sírio Libanês, Ministério da Saúde.