Cada vez mais, a tecnologia tem aparecido como uma solução para aprimorar os métodos de atendimento médico. A utilização de robôs e algoritmos surge como uma possibilidade para desenvolver as habilidades dos profissionais no mercado e prepará-los para situações de risco.
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Com a utilização dos sistemas de simulação realística, clínicas e hospitais podem garantir que seus funcionários obtenham experiência com atendimento emergencial, de maneira precisa, antes de tratarem pacientes humanos, assegurando maior grau de confiabilidade para todas as partes.
Como o uso dessa tecnologia tem sido desenvolvido no Brasil? Entenda quais são as instituições que buscam o avanço no atendimento hospitalar usando ferramentas inovadoras.
Simulação no atendimento oncológico brasileiro
O hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), referência no diagnóstico e tratamento de câncer infantojuvenil no Brasil, é um dos pioneiros no País na utilização de tecnologias de simulação para auxiliar o desenvolvimento de seus colaboradores.
Na instituição, funcionários e estudantes de Medicina que desejarem utilizar bonecos robôs de treinamento encontram à sua disposição três modelos da ferramenta, cada um representando uma fase da vida de um jovem: recém-nascido, criança e adolescente.
De acordo com a gestora de educação e pesquisa do Hospital do GraaccFernanda Ribeiro Araújo Oliveira, a implantação de um sistema de prática para os profissionais é uma maneira de assegurar que o conteúdo aprendido academicamente foi bem absorvido.
“O treinamento por meio de simulação realística permite um ambiente participativo e de interatividade, utilizando cenários clínicos. Sabemos que o adulto retém mais informações quando vivencia a situação, por isso é tão eficaz como estratégia de ensino”, ressaltou.
Como funcionam os simuladores de emergência?
Os bonecos robóticos encontrados em centros de simulação como o do Graacccostumam operar através de uma série de algoritmos que indicam quais reações o paciente pode apresentar durante um atendimento real. Os simuladores demonstram sintomas diversos de um tratamento oncológico, como convulsões, sangramentos, sudorese excessiva e paradas cardíacas. Em meio a esse tipo de situação, os encarregados do caso devem optar pela melhor saída na tentativa de salvar a vida do paciente.
Caso a decisão tenha sido acertada, o simulador apresentará melhora no quadro clínico. E o mesmo vale para as falhas da equipe médica, já que o robô pode demonstrar piora na saúde, apontando para um possível erro na tomada de decisão dos profissionais envolvidos.
Inaugurada em 2017, a Sala de Simulação Realística atende em média 1,3 mil funcionários do setor da saúde em 15 cursos por ano. Enfermeiros, médicos e estudantes são aptos a participar do processo, e o Graacpretende expandir o sistema para hospitais e universidades públicas nos próximos anos, garantindo um atendimento oncológico de qualidade para boa parte da população.
A tecnologia na modernidade médica
Ferramentas tecnológicas fazem parte cada vez mais do cotidiano da comunidade médica. A inteligência artificial (IA), por exemplo, já consegue atuar no diagnóstico de enfermidades, trabalhando como um facilitador para as equipes humanas.
Através de machine learning, as máquinas absorvem todo o conteúdo fornecido, reconhecendo padrões de doenças e demais casos para solucionar uma equação médica. Essa ferramenta também acelera o transporte de dados entre instituições e universaliza a informação científica na medicina.
A IA é fundamental na atuação dos sistemas de telemedicina, que vem ganhando espaço durante a pandemia do novo coronavírus. O atendimento online de pacientes permite reduzir o fluxo de pessoas em espaços físicos durante as medidas de isolamento social, contribuindo para a prevenção de novos casos da covid-19.
Ao ofertar serviços de diagnósticos e prontuários online, a telemedicina também trabalha para diminuir as desigualdades sociais entre estados e municípios. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, cerca de 72% dos médicos especializados no Brasil estão nas regiões Sul e Sudeste.
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Fontes: Scielo e Ministério da Saúde.