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O Alzheimer é uma doença que atinge cerca de 1 milhão de brasileiros por ano, de acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, sendo crucial identificá-la de maneira precoce para que seja possível retardá-la e oferecer mais qualidade de vida para o paciente.
Um estudo do periódico médico Alzheimer’s & Dementia Journal, publicado pela IOS Press, afirmou que cochilos excessivos podem ser um sinal inicial da doença. O trabalho foi realizado por pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital e por membros das universidades da Califórnia e Harvard (EUA).
Relação entre cochilo e Alzheimer
Produzidos antes do trabalho apresentado pelos pesquisadores das universidades, os estudos defendem a tese de que a sesta gera efeitos positivos no humor, na atenção e no desempenho das tarefas mentais de idosos.
Entretanto, a pesquisa do Brigham and Women’s Hospital definiu que longos cochilos, em especial aqueles que acontecem durante o dia, podem ser sinais percursores do Alzheimer. Dessa forma, ainda que tenha o efeito de potencializar o rendimento do paciente, o cochilo pode se tornar uma preocupação.
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Mesmo que não sejam causadores de declínio mental, os longos descansos durante o dia podem ser um sintoma que representa a evolução do comprometimento cognitivo, funcionando como um primeiro alerta do desenvolvimento da doença.
Padrões diferentes de sono, como muitos cochilos, insônia ou qualidade ruim de sono, são características bastante comuns em pacientes que apresentam algum caso de demência, o que favorece a defesa de os longos descansos serem sinais de perigo.
Estudo sobre os cochilos
A pesquisa reuniu 1.401 pacientes com Alzheimer, com uma média de 81 anos de idade, que foram acompanhados pelos especialistas durante 14 anos. Durante o estudo, foram rastreados os hábitos de sono diurno dos idosos por meio de um dispositivo semelhante a um relógio, capaz de identificar a mobilidade por até 14 dias. Cada período prolongado de inatividade das 9h às 19h foi interpretado como um cochilo.
Com essas análises, foram feitos testes anuais para avaliar a capacidade cognitiva individual, com os resultados divididos em:
- sem comprometimento cognitivo;
- comprometimento cognitivo leve;
- doença de Alzheimer.
Os resultados indicaram que os participantes que não desenvolveram comprometimento cognitivo tiravam cochilos diários de cerca de 11 minutos mais longos a cada ano. Já aqueles com um diagnóstico de comprometimento cognitivo leve apresentaram uma média de descanso 24 minutos maior.
Por fim, o valor quase triplicou, para um total de 68 minutos, naqueles que foram diagnosticados com Alzheimer. Essas conclusões mostraram que os pacientes que cochilavam mais de uma hora por dia apresentavam risco 40% maior de desenvolver a doença em comparação com aqueles que cochilavam menos de uma hora por dia.
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Referências: The Guardian, Academia Médica, Danone Nutricia, Alzheimer’s and Dementia