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Colesterol alto por genética: doença comum tem tratamento

O colesterol alto é um problema comum entre a população mundial e é normalmente causado por hábitos alimentares ruins e falta de exercício físico. Entretanto, uma condição genética relativamente comum também pode provocar alterações no nível da lipoproteína e antecipar em até 15 anos problemas com doenças cardiovasculares graves.

A hipercolesterolemia familiar atinge cerca de 790 mil brasileiros e menos de 3.500 são diagnosticados. A patologia, que pode levar ao infarto antes dos 30 anos, é pouco conhecida e tem tratamento simples disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). 

A disfunção hereditária diminui a capacidade de o fígado processar o excesso de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), conhecido como colesterol ruim. Com o tempo, essas lipoproteínas podem se acumular e obstruir artérias do coração e/ou do cérebro e, quanto mais tempo uma pessoa tiver altos níveis sanguíneos do LDL, maior será a probabilidade de ela ter um evento cardiovascular.

A identificação da doença envolve exames de sangue e investigação do histórico familiar. A Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar recomenda que crianças com histórico de doença coronariana prematura na família façam o exame para medir o colesterol ruim já aos 2 anos.

Quais são os sintomas do colesterol alto?

Diagnóstico é realizado por meio de exame de sangue. (Fonte: Shutterstock)

O colesterol alto normalmente não causa sintomas, e o exame de sangue é a única maneira de saber se seu colesterol está muito alto, que é ter nível de colesterol total no sangue acima de 240 miligramas por decilitro (mg/dL). A partir dos vinte anos, é recomendável fazer um teste de colesterol e acompanhar os níveis a cada 4 a 6 anos.

Um acompanhamento deve ser realizado em menos tempo se o paciente apresentar fatores de risco, tais como:

Tratamento

Boa alimentação não é suficiente contra hipercolesterolemia familiar. (Fonte: Shutterstock)

O tratamento de LDL alto, esteja no DNA ou não, deve começar por mudanças no estilo de vida, mas, no caso da hipercolesterolemia familiar, o uso de medicamentos também pode ser necessário.

Estima-se que uma orientação nutricional possibilita redução de 10% a 15% nos níveis e, com uma mudança profunda, é possível diminuir até 30% ou mais o LDL. Para isso, é importante:

Nos casos mais graves, as reduções obtidas apenas com mudanças de hábitos são insuficientes para quem tem um índice muito alto, 300 miligramas por decilitro de LDL ou mais, portanto remédios são combinados para atuar em diferentes pontos, como medicamentos para bloquear a absorção do colesterol e outros para melhorar o funcionamento dos receptores.

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Fontes: Dráuzio Varella, BBC, Jornal da USP.

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