Colesterol: como identificar os sintomas, preveni-lo e tratá-lo?

15 de janeiro de 2021 4 mins. de leitura
O colesterol é essencial para a produção de hormônios, vitamina D e substâncias que ajudam na digestão de alimentos, mas o seu excesso causa sérios problemas de saúde

O colesterol é uma lipoproteína (um agregado de substâncias gordurosas a líquidos) encontrada em todas as células do corpo. O organismo precisa de um pouco dele para produzir hormônios, vitamina D e substâncias que ajudam na digestão de alimentos. Para tanto, o nosso organismo produz cerca de 70% da lipoproteína necessária para seu funcionamento.

Essa substância também é encontrada em alimentos de origem animal, como na gema de ovo, na carne e no queijo, assim a dieta é responsável por 30% de todo o colesterol do organismo. Apesar de ser um número relativamente baixo, o consumo de grandes quantidades de alimentos ricos em gordura podem levar ao aumento de produção de colesterol pelo fígado.

O excesso da lipoproteína pode se combinar com outras substâncias no sangue para formar placas que aderem às paredes das artérias. Conhecida como aterosclerose, o acúmulo de placa pode levar ao estreitamento e até mesmo o bloqueio de artérias, provocando graves problemas de circulação. O baixo nível da substância também pode ser danoso à saúde, aumentando os riscos de acidente vascular cerebral (AVC).

Quais são os tipos de colesterol?

Colesterol pode se acumular na parede arterial em forma de placas, impedindo a passagem do sangue e causando acidentes cardiovasculares. (Fonte: Shutterstock)
Colesterol pode se acumular na parede arterial em forma de placas, impedindo a passagem do sangue e causando acidentes cardiovasculares. (Fonte: Shutterstock)

Existem três tipos básicos de colesterol no corpo: as lipoproteínas de baixa densidade (LDL), as lipoproteínas de alta densidade (HDL) e lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL). Como o nível de VLDL raramente é medido diretamente, os testes de colesterol geralmente medem o colesterol total, o LDL e o HDL.

O LDL é responsável por carregar os lipídios para as células que necessitam da substância. Entretanto, o seu excesso pode causar o acúmulo de placas e o envelhecimento das células. Por isso, também é conhecido como “colesterol ruim”.

O VLDL é responsável pela entrega de triglicerídeos às células do corpo. Contudo, à medida que estes são entregues às células, o VLDL fica com menos gorduras e mais proteínas, podendo se tornar uma molécula de LDL.

Já o HDL, ou colesterol “bom”, absorve o excesso de LDL na corrente sanguínea e o carrega de volta para o fígado, órgão capaz de processar a substância e levá-la para fora do corpo em forma de resíduo. Níveis elevados de colesterol HDL podem reduzir o risco de doenças cardíacas e derrames.

Prevenção

Alimentação rica em gordura saturada eleva colesterol. (Fonte: Shutterstock)
Alimentação rica em gordura saturada eleva colesterol. (Fonte: Shutterstock)

O risco de colesterol alto, bem como o desenvolvimento de suas complicações potencialmente fatais, pode ser evitado ou diminuído com a realização regular de exercícios e a ingestão maior de gorduras monoinsaturadas, poli-insaturadas e fibras, assim mantendo um peso saudável.

Outras mudanças também podem contribuir para o controle da lipoproteína, por exemplo ao evitar hábitos como fumar e consumir bebida alcoólica, bem como reduzir a quantidade ingerida de gorduras saturadas, trans e colesterol dietético, ajudando no controle da lipoproteína.

Tratamento

Em alguns casos, além da mudança de hábitos, o tratamento pode envolver também uma combinação de medicamentos para reduzir ativamente o nível da substância do sangue. Os remédios usados incluem substâncias com funções diferentes, que devem ser avaliadas caso a caso e auxiliam na redução do colesterol no sangue, como:

  • resinas ou sequestrantes de ácidos biliares, como colestiramina e colesevelam, que ajudam o corpo a eliminar ou remover o colesterol do sangue;
  • ezetimiba, que impede a absorção do colesterol dos alimentos ingeridos;
  • fibratos ou derivados do ácido fíbrico, como fenofibrato e gemfibrozil, os quais ajudam a reduzir os triglicerídeos e aumentar a quantidade de HDL no sangue;
  • niacina, ou ácido nicotínico, a qual ajuda o corpo no aumento dos níveis de HDL enquanto na diminuição da quantidade de LDL e triglicerídeos no sangue;
  • estatinas, como a sinvastatina e atorvastatina, que reduzem a quantidade de colesterol produzida pelo fígado produz. 

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Fontes: Minha Vida, US National Library of Medicine, Hospital Albert Einstein, Mayo Clinic, Health Grades.

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