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Existe cura para o HPV feminino?

O papilomavírus humano (HPV) é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) mais comuns do mundo. Segundo o site do laboratório Côrtes Villela, é a terceira IST mais comum no Brasil, perdendo apenas para clamídia e gonorreia.

O médico Pedro Pinheiro, em texto para o blog MD Saúde, apresenta dados ainda mais preocupantes, mostrando que o HPV é, na verdade, a IST mais comum do mundo.

O que é o HPV?

O HPV é um vírus que infecta pele e mucosa, podendo ser oral, genital e anal, contraído por homens e mulheres. Existem 150 subtipos da doença, mas, mesmo que os mais perigosos sejam genitais e possam causar câncer, nem todos oferecem riscos.

É comum que a doença fique latente por meses ou anos até dar os primeiros sinais, que costumam aparecer durante a gestação ou em períodos de baixa imunidade. Isso acontece porque a fraqueza do organismo permite a reprodução do vírus e, dessa forma, o aparecimento de lesões.

A língua é um dos locais que podem apresentar lesões dos subtipos genitais de HPV. (Fonte: Shutterstock)

Verrugas genitais e não genitais

As lesões são o principal sintoma do vírus, divididas em dois grandes grupos: genitais e não genitais. As que aparecem pelo corpo tendem a ser facilmente removíveis e são comuns principalmente em crianças, além de não estarem ligadas às IST. Surgem nas mãos, nos cotovelos, nos pés e nos joelhos.

As decorrentes de subtipos transmitidos sexualmente são as mais preocupantes e causam verrugas anogenitais e assintomáticas, variando de paciente para paciente em quantidade, tamanho, formato e possibilidade de coceira.

Além das facilmente identificáveis, a IST pode criar lesões subclínicas, que não são visíveis a olho nu e podem aparecer na vulva, na vagina, no colo do útero, na região perianal, no ânus, no pênis (geralmente na glande), na bolsa escrotal, na região pubiana, na conjuntiva e nas mucosas oral, nasal e laríngea.

Quando não tratada, a doença pode evoluir para câncer de boca, esôfago, ânus, pênis, vulva, vagina ou colo do útero.

Como prevenir o HPV

A principal forma de combater o HPV é com a prevenção por meio da vacina quadrivalente, imunização contra quatro subtipos da doença (6, 11, 16 e 18), abrangendo os dois mais perigosos e comuns causadores de câncer: HPV-16 e HPV-18.

A vacina está disponível nas redes pública e privada. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é aplicada em meninas e meninos com idades entre 9 e 14 anos e 11 e 14 anos, respectivamente. No sistema particular, pode ser recebida por qualquer pessoa com mais de 9 anos de idade.

A vacina contra o HPV é uma das principais maneiras de vencer o vírus. (Fonte: Shutterstock)

Tratamento para HPV

Existe uma diferença entre curar o vírus e tratar as lesões causadas por ele. As verrugas ou neoplasias de colo de útero consequentes do HPV podem ser cuidadas por meio de tratamento médico; entretanto, ao curar as lesões, a pessoa não está se livrando do vírus em si, apenas da manifestação física dele.

Acredita-se que o HPV é curado naturalmente em 80% a 90% dos casos entre um ou dois anos após a contaminação. Nesses casos, o sistema imunológico aprende a combater o vírus e pode eliminá-lo por completo do organismo.

Infelizmente, caso o paciente infectado não consiga vencer o HPV por conta própria, a tendência é que fique infectado a vida inteira, pois não existem remédios que curem a doença, que poderá voltar a se manifestar em períodos de baixa imunidade.

Uma imagem criada em 3D exemplificando a presença do HPV no corpo humano. (Fonte: Shutterstock)

Por conta dessas condições distintas, é difícil afirmar para um paciente se ele será ou não curado do HPV. Normalmente, é uma questão singular de cada organismo, e só após o período natural de combate do corpo à doença é que se pode ter certeza.

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Fonte: MD Saúde, Secretaria da Saúde do Ceará, Côrtes Villela, Instituto Nacional de Câncer.

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