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Relatório avalia evolução das vacinas contra covid-19 no Brasil

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou um relatório sobre a evolução das produções de vacina contra o novo coronavírus no Brasil e no mundo. Além de trazer considerações sobre os processos de pesquisa que andam ocorrendo, o documento contempla os desdobramentos registrados até o dia 7 de janeiro de 2021.

Em seu trabalho, o CFM fez questão de abordar a diferença entre as vacinas de 1ª geração (vírus inativado), 2ª (parte do vírus) e 3ª (sequência genética). Por fim, o órgão de fiscalização e normatização da prática médica apontou os caminhos que devem ser seguidos pelo país para os próximos meses e o que o mundo precisa fazer para que as campanhas de vacinação atinjam a maior parte da população.

Diferença entre gerações de vacina

Diferentes métodos têm sido utilizados para criar vacinas contra a covid-19. (Fonte: Shutterstock)

Segundo o relatório apresentado pelo CFM, os laboratórios de pesquisa espalhados pelo planeta hoje trabalham com três tipos diferentes de imunizantes, cada qual com suas particularidades. Por isso, é essencial entender qual é a diferença entre eles e como isso impacta na saúde da população.

Vacinas de 1ª geração

Esse grupo é representado por imunizantes produzidos por meio de agentes infecciosos inativados ou atenuados. Como essas vacinas são feitas em culturas de células do vírus, esse processo exige boas práticas de fabricação para que ocorra homogeneidade em um mesmo lote. Por isso, costuma ser mais lento e custoso que os demais métodos.

As vacinas de poliomielite e de sarampo são exemplos de imunizantes de 1ª geração. Para a covid-19, essa técnica é a utilizada na Coronavac, a vacina do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Vacinas de 2ª geração

As vacinas de 2ª geração são feitas por meio de antígenos de um agente infeccioso que são utilizados para induzir uma imunidade pelo organismo humano. Os antígenos sinalizam um possível “invasor” ao sistema imunológico, fazendo o indivíduo criar uma proteção contra a ameaça. 

Essas vacinas são potencializadas por outras substâncias adicionadas ao imunizante. Contra o Sars-CoV-2, esse método foi adotado na vacina da Oxford-AstraZeneca confeccionada pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) no Brasil.

Vacinas de 3ª geração

De tecnologia mais avançada, as vacinas de 3ª geração também são conhecidas por serem feitas de DNA ou RNA mensageiro e não utilizarem fragmentos do agente infeccioso, apenas sequenciamento genético.

O sequenciamento é feito por meio de práticas de engenharia genética, e as células humanas que recebem esse tipo de imunizante começam a produzir antígenos que desencadeiam a imunidade.

Segundo o CFM, por ser uma metodologia muito recente, ainda não se sabe a segurança dessas vacinas a longo prazo. Atualmente, esse método foi utilizado para a produção das vacinas contra a covid-19 da Pfizer, BioNTech e da Moderna.

Análise sobre a evolução de pesquisas

O CFM cobra dedicação de autoridades para o sucesso da vacinação mundial. (Fonte: Shutterstock)

Durante seu relatório, o CFM destacou a importância das pesquisas desenvolvidas no mundo todo para a realização de vacinas, que envolvem os mais variados tipos de técnicas. Além disso, o órgão de saúde ressaltou a contribuição do Brasil durante as fases de testes para a comprovação clínica e confecção dos imunizantes.

Segundo o CFM, o cenário atual apontado pela Ciência é extremamente positivo e boa parte dos imunizantes em fases de testes caminham em direção a atingir o mínimo recomendado para serem aprovados como vacinas emergenciais. Por fim, o conselho cobrou participação constante de Estados e Municípios, além de Comitês de Especialistas em Imunizações para monitorar e abrir caminho ao sucesso da operação de vacinação

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Fontes: CFM.

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