Brasil deve iniciar vacinação contra covid-19 em janeiro

15 de janeiro de 2021 3 mins. de leitura
Em encontro com prefeitos, ministro da Saúde declarou que o início da vacinação no País será em 20 de janeiro, mas depende de autorização da Anvisa

Depois de muitas idas e vindas, finalmente o Ministério da Saúde anunciou data e hora para o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil: 20 de janeiro, às 10h. No entanto, a imunização ainda depende de aprovação emergencial da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de logística aérea.

Em um primeiro momento, serão aplicadas 8 milhões de doses, número bem abaixo dos 24,7 milhões anunciados pela pasta em dezembro. Grande parte dos imunizantes (6 milhões) será de Coronavac, desenvolvida na China pela Sinovac, que se encontram em solo brasileiro. Outros 2 milhões de doses serão da vacina da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford que serão importados do laboratório Serum Institute of India.

Plano de vacinação

Idosos em instituições de longa permanência serão os primeiros imunizados contra a covid-19. (Fonte: Shutterstock)
Idosos em instituições de longa permanência serão os primeiros imunizados contra a covid-19. (Fonte: Shutterstock)

O governo brasileiro anunciou a compra de 354 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, mas a Anvisa deverá analisar o pedido de apenas 8 milhões. As primeiras imunizações serão destinadas a grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

  • Primeira fase: idosos em instituições de longa permanência;
  • Segunda fase: 70% dos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente;
  • Terceira fase: profissionais da educação.

A Frente Nacional dos Prefeitos afirma que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentou uma previsão de quantas doses de vacina o País terá nos próximos meses, com 8 milhões em janeiro, mais 22 milhões em fevereiro e mais 50 milhões entre março e abril.

Distribuição das vacinas

A Anvisa deve realizar uma reunião para liberar emergencialmente as vacinas produzidas pelo Instituto Butantan e pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) no domingo (17). O início da distribuição deve acontecer, segundo o próprio Ministério, em até cinco dias após a aprovação da Anvisa. As vacinas serão enviadas via aérea e terrestre em quantidade proporcional à população dos estados, que serão encarregados de distribuir aos municípios.

Com a centralização da distribuição dos imunizantes no governo federal, o Butantan deve cancelar todos os acordos estabelecidos com cidades e estados. A Coronavac, produzida pelo Butantan, seria distribuída pelo Instituto para mais de mil municípios.

Logística

Informações sobre data e hora foram divulgadas pelo ministro Pazuello em reunião com prefeitos. (Fonte: Ministério da Saúde)
Informações sobre data e hora foram divulgadas pelo ministro Pazuello em reunião com prefeitos. (Fonte: Ministério da Saúde)

O voo que sairia do Brasil para buscar as vacinas na Índia foi adiado em um dia. A aeronave estava prevista para decolar na quinta (14) à tarde, mas a viagem foi remarcada para sexta (15). O adiamento foi um pedido do governo indiano porque a campanha de vacinação daquele país começa no sábado (16).

Outra dificuldade de logística pode ser a ausência de seringas e agulhas para a aplicação do imunizante. O Ministério da Saúde comunicou ao Supremo Tribunal Federal que oito estados não tinham insumos suficientes para a vacinação. A informação foi negada pelo governo estadual de sete dos oito estados listados pelo Ministério: Bahia, Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

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Fontes: Ministério da Saúde.

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