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Somente dois anos após o Brasil receber o selo de erradicação do sarampo, em 2016, a doença voltou a aparecer no radar brasileiro. Nos três anos seguintes, mostrou ter um potencial de contágio ainda maior do que o da covid-19, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
A doença infecciosa aguda é causada pelo vírus RNA da família Paramyxoviridae. Contrair o vírus não é sinônimo de desenvolver a enfermidade, entretanto, em alguns casos, ela pode se tornar uma complicação séria.
Os casos mais preocupantes da doença costumam atingir pessoas com a imunidade mais debilitada, como bebês, crianças e adultos desnutridos, gestantes e pessoas portadoras de imunodeficiências.
Importância da imunização
A vacinação é a única maneira de garantir a proteção contra o sarampo. Além disso, é o melhor modo de combater e tentar erradicar a doença, visto que ela tem um potencial contagioso enorme e pode levar à morte.
É importante lembrar que não existe uma forma de tratar a doença. A única alternativa é amenizar os sintomas causados e tentar evitar as consequências mais sérias, como a pneumonia. De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, a vacinação contra o sarampo pode ser feita por meio de três imunizantes diferentes:
- dupla viral — sarampo e da rubéola;
- tríplice viral — sarampo, caxumba e rubéola;
- tetra viral — sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).
A tríplice viral deve ser ministrada nas crianças em duas doses. A primeira, no primeiro ano de vida, e a segunda dose, entre os 4 e 6 anos de idade. Em caso de adolescentes, adultos ou pessoas do grupo de risco com imunização tardia, é indicado tomar a tríplice viral ou a dupla viral.
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Retorno dos casos
Com a ampliação dos movimentos antivacina, houve um crescimento do número de casos da enfermidade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2019, foram mais de 850 mil casos e 200 mil óbitos em todo o mundo.
Segundo o Boletim Epidemiológico, produzido pelo Ministério da Saúde, a doença retornou ao radar brasileiro em 2018, quando foram diagnosticados 10.346 casos. Depois disso, o Brasil precisou lidar com um surto da doença que resultou em 20.901 casos e cerca de 15 óbitos.
Em 2020, teve uma queda para 8.448 casos e dez mortes causadas pela enfermidade. Em 2021, foram confirmados 668 diagnósticos da doença no Brasil.
Sintomas do sarampo
Os principais sinais que indicam a doença são:
- febre;
- tosse;
- nariz escorrendo ou congestionado;
- irritação nos olhos;
- forte mal-estar.
Após cinco dias com esses sintomas, é comum aparecerem as famosas manchas vermelhas. Estas começam no rosto ou atrás da orelha, depois tendem a se espalhar por todo o corpo do paciente.
Depois do surgimento das manchas, caso o indivíduo apresente febre, isso pode ser um sinal de alerta, já que tem a possibilidade de indicar um agravamento do quadro da doença.
Casos mais sérios podem causar efeitos diferentes dependendo da pessoa. Em adultos, pode ocorrer até mesmo pneumonia. Em pessoas grávidas, pode acabar acelerando a gestação e causando um nascimento prematuro. Em crianças, pode gerar pneumonia, infecção de ouvido aguda, encefalite aguda ou até levar ao óbito.
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Fontes: Prefeitura de Porto Alegre, Informe Epidemológico do SUS, Fiocruz, Ministério da Saúde, Summit Saúde Estadão, Boletim Epidemológico