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A zika é uma doença viral disseminada principalmente por picadas do Aedes aegypt, mosquito responsável pela propagação da dengue e da chikungunya. O Zika vírus também é transmitido sexualmente e está associado a problemas na gravidez, como parto prematuro, aborto espontâneo e bebês com microcefalia.
O vírus foi identificado pela primeira vez em macacos de Uganda em 1947. No entanto, o primeiro surto registrado causado pelo Zika foi relatado na Micronésia apenas seis décadas depois. Em março de 2015, o Brasil relatou um grande surto da doença e, desde então, a patologia passou a ser acompanhada pelas autoridades de Saúde.
A doença é sazonal, ocorrendo com maior frequência no verão, pois o calor e o clima úmido contribuem para a proliferação do Aedes. De acordo com o Ministério da Saúde, Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro concentram as maiores taxa de incidência, mas o vírus está presente em todos os estados brasileiros.
Como identificar os sintomas de zika
As infecções causadas pela zika geralmente é leve, mas pode levar a óbito caso o manejo das infecções não seja realizado adequadamente. Os sinais da doença podem ser confundidos com os de outros vírus transmitidos por picadas de mosquitos, como dengue e chikungunya, e ainda com gripe ou rubéola. Os sintomas incluem:
- febre;
- irritação na pele;
- dor de cabeça;
- dor nas articulações, especialmente nos pés e nas mãos;
- conjuntivite;
- dor muscular;
- dor nos olhos;
- fadiga;
- dor abdominal.
Além disso, algumas pessoas podem ter erupção cutânea e manchas vermelhas no rosto. Em casos raros, o Zika vírus pode causar complicações cerebrais ou do sistema nervoso, como a síndrome de Guillain-Barre, mesmo em pessoas que nunca apresentaram sintomas de infecção.
A maioria das pessoas infectadas com a zika não apresentam sintomas. Quando os sintomas ocorrem, geralmente aparecem de 2 a 14 dias após a pessoa ser picada por um mosquito infectado. Os sintomas duram cerca de uma semana, e a maioria das pessoas se recupera totalmente.
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Diagnóstico da doença
O diagnóstico de zika pode ser realizado durante a fase aguda da infecção e até 14 dias após o início dos sintomas, usando testes de diagnóstico para RNA viral. A infecção prévia pode ser detectada por testes baseados em anticorpos; no entanto, o exame pode reagir de forma cruzada com anticorpos de outros flavivírus, particularmente com o da dengue.
A identificação da doença é especialmente importante em mulheres grávidas, pois correm o risco de desenvolver complicações fetais. Em áreas com a incidência da doença, doadores de sangue, órgão e tecidos também devem passar por exames de triagem para garantir a segurança da transfusão e do transplante.
Tratamento
Não existe tratamento específico para a infecção causada pelo Zika vírus. Para ajudar a aliviar os sintomas, é recomendável descansar bastante e beber bastante líquido para evitar a desidratação. Em alguns casos, medicamentos podem ajudar a diminuir a dor nas articulações e a febre.
Prevenção da doença causada pelo vírus Zika
A única forma de prevenção das infecções causadas pelo Zika vírus é eliminar o mosquito Aedes aegypt, acabando com os possíveis criadouros, principalmente durante o período de chuvas com temperaturas mais altas.
O uso de repelentes e vestimentas que reduzem a exposição ajudam a evitar as picadas, especialmente na ocorrência de surtos. Os mosquiteiros são eficientes para proteger bebês e pessoas que costumam dormir durante o dia. Além disso, a prática de sexo seguro por mulheres gestantes que vivem em áreas de alta transmissão do vírus é recomendada.
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Fonte: Tua Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Secretaria de Saúde do Espírito Santo, Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde.