O atendimento hospitalar está sendo modificado nos Estados Unidos com a rápida ascensão de médico hospitalista. Cerca de 54 mil profissionais passaram a atuar na área que se tornou uma das principais especialidades no país. O modelo de atuação chegou no Brasil e ajuda a reduzir o tempo de internação e os custos do sistema de saúde.
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O acompanhamento de um paciente internado requer atenção contínua de uma equipe multidisciplinar com diversas especialidades. Como a rotina dos profissionais de medicina geralmente é marcada por atendimentos em forma de plantão em instituições hospitalares e clínicas, ao longo do período de internação o doente acaba sendo acompanhado por vários médicos em um sistema de “revezamento” de atenção.
O médico visitador acaba tendo uma interação limitada com os processos e recursos disponíveis no hospital, o que pode dificultar o esforço coordenado da administração hospitalar para reduzir desperdícios em seus processos.
O que é o médico hospitalista?
O médico hospitalista se dedica exclusivamente à gestão integral dos cuidados do paciente internado. Dessa forma, é responsável pela liderança do comanejo com outros especialistas e a equipe assistencial, respeitando a autonomia de cada profissional. O hospitalista também responde pelo ensino e pela pesquisa na instituição, acompanhando os médicos residentes.
A rotina dessa especialidade inclui o cuidado com os pacientes, na maioria das vezes com patologias não cirúrgicas de áreas diversas, como cardiológica, pulmonar, renal e gastrointestinal. Além de realizar o acompanhamento, o médico hospitalista participa de iniciativas multiprofissionais e de segurança do enfermo.
O princípio do atendimento hospitalista é cuidar dos mesmos pacientes todos os dias. Isso permite que o profissional tenha uma compreensão maior tanto do quadro clínico de cada um, aumentando a eficácia dos tratamentos e acelerando a recuperação, quanto da situação geral.
Características do médico hospitalista
Além de todas as características essenciais a qualquer profissional da medicina, o médico hospitalista precisa desenvolver algumas habilidades para atuar na área, como capacidade de revisar informações e tomar decisões rápidas sob pressão. Também deve ter boa comunicação tanto para explicar as escolhas e os procedimentos aos pacientes como para manter um bom fluxo de informações entre a equipe do hospital.
É importante, ainda, que o hospitalista tenha um forte espírito de liderança, pois deve ser capaz de gerenciar times com outros médicos e profissionais de saúde. Ele tem de conquistar o respeito daqueles sob a sua coordenação, demonstrando também boa habilidade de gerenciamento de equipe, tempo e recursos econômicos.
Esse médico precisa demonstrar capacidade de resolução de problemas e iniciativa. Ao revisar todos os sintomas, as necessidades e os prontuário de cada paciente cotidianamente, pode verificar se há algo errado com o paciente e decidir sobre o curso correto de ação, caso seja necessário.
Importância da medicina hospitalar
A medicina hospitalar representa uma mudança cultural, alterando o foco do modelo de atendimento para o enfermo e seus familiares. Dessa forma, o principal objetivo da especialidade é propiciar uma atenção rápida e completa a todas as necessidades e os cuidados do paciente hospitalizado, com um acompanhamento contínuo e coordenado da equipe multiprofissional.
O modelo melhora o desempenho de hospitais e sistemas de saúde ao empregar técnicas de qualidade e construção de processos. O profissional proporciona maior colaboração e comunicação entre todos os envolvidos no cuidado ao paciente e organiza o conhecimento sobre os recursos disponíveis para o acompanhamento da eficiência dos resultados clínicos alinhados com a gestão.
O médico hospitalista se concentra no crescimento contínuo da qualidade do serviço hospitalar e no aprimoramento do sistema de saúde. O seu trabalho aumenta a sinergia entre a gestão hospitalar e o atendimento assistencial, permitindo adequar recursos disponíveis e aumentar a eficiência da administração.
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Fontes: Cruz Vermelha, Academia Médica, Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente, Setor Saúde, Universidade de Bellerbys e Society of Hospital Medicine.