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Desinfetantes para as mãos inativam o novo coronavírus

Cientistas da Alemanha e da Suíça atestaram a eficácia de duas fórmulas de desinfetantes para mãos recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção ao novo coronavírus. As fórmulas eram destinadas a evitar a disseminação de patógenos em geral, mas não havia uma confirmação de que seriam realmente eficazes contra a covid-19. As diretrizes se originaram em pesquisas anteriores que mostraram a ação contra outros tipos de coronavírus.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos sugere que as mãos sejam lavadas com água e sabão por cerca de 20 segundos para prevenir a doença. Como a rotina acelerada de profissionais da saúde dificulta a prática, desinfetantes com base em álcool foram a solução encontrada, mas não havia tantas evidências da sua eficiência.

Como foram os testes

Depois de serem expostos às fórmulas, os coronavírus ficaram inativos. (Fonte: Freepik)

As composições das fórmulas recomendadas pela OMS são as seguintes:

Primeira fórmula

Segunda fórmula

Os pesquisadores expuseram o coronavírus a cada fórmula por 30 segundos. Ao testarem a eficácia do vírus em infectar células de culturas de laboratório, os cientistas descobriram que ele tinha sido inativado pelos dois compostos.

O grupo de pesquisadores foi liderado pela professora Stephanie Pfänder, da Ruhr-Universität Bochum, na Alemanha. Sobre o tempo que se leva para inativar o vírus, ela explicou em um comunicado que “esse prazo foi escolhido com base nas recomendações para desinfetantes para mãos”. Os resultados foram publicados no Emerging Infectious Diseases.

Eficácia de outras fórmulas

É preciso tomar cuidado com a fabricação caseira com ingredientes ativos. (Fonte: Freepik)

Os cientistas também testaram a eficácia do etanol e do isopropanol, ingredientes ativos das fórmulas recomendadas pela OMS, de forma isolada e em concentrações variadas. O resultado foi que ambos, em pelo menos 30% vol, são suficientes para inativar o vírus. A descoberta se torna ainda mais interessante quando se considera que o CDC norte-americano sugere que os produtos vendidos em farmácias contenham pelo menos 60% de álcool.

É importante ressaltar que a fabricação caseira de desinfetantes para as mãos pode não ter a quantidade de álcool necessária para a inativação do vírus ou conter ingredientes que descamam a pele, podendo causar irritação ou inflamação.

Produção das novas fórmulas

No Brasil, o Ministério da Saúde registrou 31,7 mil profissionais da saúde infectados pela covid-19, além de 114.301 sob suspeita da doença. Como muitos hospitais denunciam a falta de material adequado para a proteção das equipes envolvidas, a descoberta abordada se torna ainda mais importante para sinalizar às instituições que é possível fabricar os próprios produtos utilizando as fórmulas recomendadas pela OMS.

A pandemia do novo coronavírus aumentou a preocupação das pessoas com a higiene. Não é para menos: com mais de 23 mil mortes confirmadas no Brasil, a melhor forma de prevenção é seguir as orientações da OMS enquanto uma vacina não é desenvolvida. Entre as principais solicitações estão isolamento social, lavagem das mãos com água e sabão, uso de máscaras em ambientes públicos e constante higienização de objetos que venham de fora de casa.

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Fonte: Medical News Today.

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