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Politraumatismo: o que é, causas e consequências

Firefighters running to rescue a woman lying unconscious on the road after a car accident.

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O politraumatismo é caracterizado por múltiplas lesões causadas ao corpo por forças de natureza externa, como impacto e queimaduras. Quando ocorre, pode levar ao óbito por comprometer uma série de órgãos ou sistemas. Dentre os ferimentos mais comuns que ocorrem nesses casos estão a fratura de ossos, lesões cerebrais que podem causar cegueira e perda auditiva, hemorragias, amputações e lesões na coluna.

Velocidade e energia desprendidas em acidentes aéreos tornam remotas as chances de sobrevivência. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Para que uma condição seja considerada um politraumatismo ou de traumas múltiplos, é preciso que haja duas ou mais lesões graves em uma ou mais partes do corpo. Como é um termo amplo e não homogêneo, o politraumatismo não pode ser usado como diagnóstico final sem que haja uma quantificação e descrição da gravidade das lesões.

Principais causas

Apesar de poder acontecer nas mais diversas situações, o politraumatismo está estatisticamente ligado a acidentes de veículos motorizados e explosões. A energia desprendida no momento da colisão e a velocidade dos deslocamentos dos corpos durante um acidente estão diretamente relacionados à gravidade das lesões, por isso episódios de quedas de aviões costumam ser fatais.

Acidentes de trânsito são as situações mais comuns em que são observados politraumatismos. (Fontes: Shutterstock/Reprodução)

A causa mais comum de politraumatismo são os acidentes de trânsito.

Fatalidade dos casos de politraumatismo

A maioria dos casos de politraumatismo leva a óbito. Este pode acontecer imediatamente ou horas após o acidente por causa de hemorragias causadas por rupturas de grandes vasos ou lesões nos órgãos vitais ou dias após o acidente por infecções generalizadas decorrentes dos traumas.

Em um estudo da University Medical Centre Utrecht, na Holanda, foram revisados 30 anos de estudo sobre mortes em politraumatismos, e a conclusão foi de que a principal causa de óbitos são as lesões cerebrais decorrentes de acidentes. Além disso, a pesquisa mostrou que as taxas de óbitos nesses episódios tiveram ligeira queda. Isso foi atribuído às legislações mais exigentes nos protocolos de prevenção, como o uso do cinto de segurança e a melhora no tempo de resposta a acidentes.

Apesar de haver casos de sobreviventes de politraumatismo, eles poucas vezes retornam à vida comum, normalmente a vítima precisa conviver com uma série de sequelas deixadas pelo acidente.

Atendimento às vítimas

Atendimento correto e rápido das vítimas diminui a chance de óbito. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Vítimas de politraumatismo devem começar a ser atendidas no próprio local do acidente. Por isso, é importante que algumas dicas de primeiros socorros sejam observadas, como evitar deslocar a vítima sem o apoio adequado.

Em um primeiro momento, o atendimento prioriza a imobilização da coluna cervical e a manutenção das vias áreas, retirando corpos estranhos, como próteses dentárias, que possam ter-se soltado durante o acidente. Além disso, os primeiros socorros devem verificar possíveis hemorragias, que estão entre as principais causas de morte que podem ser evitadas. Por fim, no local, ainda se procuram por possíveis fraturas e tenta-se a comunicação com a vítima para entender seu estado de consciência.

Já no hospital, os primeiros exames envolvem radiografias da coluna cervical, tórax e pelve para procurar lesões que apresentem risco de vida. Raios X de órgãos vitais, como os pulmões, também são comuns, pois a prioridade é garantir o funcionamento das vias áreas e a integridade do tórax. Depois disso, cada paciente é avaliado de acordo com a especificidade de seu caso.

Fonte: Sanarmed, Saúde Direta, Revista Galileu.

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