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Quais são os riscos do calor excessivo?

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Um estudo publicado na revista The Lancet Planetary Health, com dados coletados na Europa entre 1998 e 2012 mostrou que no continente morreram em média 270 mil pessoas por ano, por questões relacionadas à temperatura. Em comparação, as baixas temperaturas mataram dez vezes mais do que o calor extremo. Mas a situação pode se inverter em alguns anos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de mortes por calor aumentou 74% entre 1990 e 2012, enquanto os óbitos por frio cresceram 31%. Um dos problemas parece ser a falta de atenção aos cuidados com a saúde em casos de calor extremo. Além disso, o aquecimento global está contribuindo para aumentar a frequência de temperaturas extremas. Ondas de calor que costumavam aparecer a cada 20 anos são cada vez mais frequentes. 

Em 2021, a América do Norte foi abatida pela maior onda de calor recente, termômetros marcaram 49,6°C em Lytton, na Colúmbia Britânica. Nos Estados Unidos a temperatura chegou a 46,1°C em Portland, no Oregon e a 42,2°C em Seattle, no Estado de Washington. Autoridades estimam que o calor extremo tenha contribuído para a morte de quase 100 pessoas.

Altas temperaturas podem causar uma série de complicações à saúde. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

O calor não é atribuído como causa de morte no atestado de óbito, mas há uma série de efeitos causados por ele que podem levar a doenças graves e até a morte. Os riscos se intensificam para idosos, recém-nascidos e crianças pequenas. Vejamos, a seguir, alguns riscos à saúde causados pelo calor excessivo.

Riscos do calor excessivo

1. Desidratação

Quando alcançamos uma temperatura elevada, o corpo trabalha para diminuí-la e equilibrá-la. Um dos principais mecanismos para isso é o suor, que deve molhar e refrescar a pele. Porém, para suar o corpo gasta energia, o que cansa e esquenta o organismo. 

Consequentemente, situações prolongadas de exposição ao calor fazem o corpo perder líquidos e sais minerais importantes. Entre os principais sintomas da desidratação estão fraqueza e mal-estar, ressecamento de mucosas dos olhos e da boca e longos períodos sem urinar.

2. Insolação

Longos períodos de exposição direta aos raios solares causam um distúrbio que afeta o mecanismo de controle corporal, o que em situações extremas pode ser fatal. Os principais sinais de insolação são: febre alta, tontura, sensação de fraqueza, queimaduras de pele, perda da consciência, vômitos, taquicardia e dificuldade para respirar.

3. Problemas no aparelho respiratório

O ar seco e as temperaturas elevadas ressecam a mucosa nasal e as vias aéreas, fragilizando o sistema respiratório. Com isso, o corpo fica mais suscetível a infecções e doenças como rinite, sinusite, asma e bronquite.

4. Problemas de pele

Além das queimaduras, o calor pode fragilizar a pele, contribuindo para a proliferação de fungos que causam micoses. Isso acontece principalmente nas regiões mais quentes e úmidas do corpo, por isso é importante secar bem as partes molhadas.

5. Problemas de pressão

O calor alto dilata as artérias, o que deixa mais espaço para a circulação do sangue diminuindo a pressão. A pressão muito baixa pode impedir que o sangue chegue a todos os órgãos. 

Mas, as temperaturas elevadas também podem aumentar a espessura do sangue, elevando a pressão e a frequência cardíaca. Em decorrência disso, o calor está relacionado ao aumento das mortes por doenças cardiovasculares, principalmente em idosos. Pessoas com colesterol alto e hipertensão estão no grupo de risco.

Idosos são mais suscetíveis aos males causados por temperaturas elevadas. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Cuidados que devem ser tomados

A maioria dessas doenças pode ser minimizada com alguns cuidados como:

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Fonte:Agência Brasília, Rede D’or São Luiz, Omron Brasil, Cevs, El País.

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