Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.
Algumas pessoas dizem que a sífilis já existia na Grécia Antiga e que Hipócrates falava dela em 600 a.C.; outros acreditam que ela é mais recente, tendo se multiplicado sobretudo a partir da Idade Média. Mas não há quem duvide da seriedade dessa doença reemergente que preocupa os órgãos sanitários de todo o mundo.
Por isso, é importante ter informações precisas sobre a sífilis. O que é? Como é transmitida? Quais são os sintomas? Como se faz o diagnóstico? Como se previne? Confira as informações mais importantes nas quais ficar de olho para evitar o contágio.
O que é a sífilis?
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Apenas o ser humano pode ser acometido pela doença, a qual pode apresentar mais de um estágio, a depender da gravidade.
Quais são as causas?
A sífilis é transmitida no contato com órgãos sexuais ou mucosas bucal e anal de uma pessoa infectada. Uma das razões pelas quais a doença é tão transmissível se deve ao fato de que o momento mais propício para o contágio se dá nas fases primária e secundária, quando os sintomas são mais amenos.
Outra forma de propagação é a congênita, que ocorre na gravidez, quando a mãe infectada transmite a bactéria ainda na gestação ou durante o parto.
Quais são os principais sintomas?
A sífilis tem três estágios, além de um período de latência, e o quadro sintomático muda ao longo da evolução da doença:
- estágio primário — A parte do corpo na qual ocorreu o contágio apresenta uma ferida que costuma ser única e cujo aparecimento ocorre de 10 a 90 dias após a infecção. Em geral, a ferida não dói nem coça, arde ou tem pus, por isso é frequente ignorada ou confundida com um quadro de menor gravidade, como a herpes;
- estágio secundário — Com a ferida inicial sarada, costumam aparecer manchas no corpo, principalmente na palma das mãos e na planta dos pés, entre dois e seis meses após o contágio. Entre o segundo e o terceiro estágio, ocorre uma fase de latência, sem sinais ou sintomas, que pode ser recente (de até dois anos) ou tardia (mais de dois anos);
- estágio terciário — Aparece após um período que varia de 2 a 40 anos. Mais agressivo, tem sintomas sérios, como lesões cutâneas, cardiovasculares, neurológicas e ósseas. Se não tratada, a infecção pode levar a óbito, que era muito comum antes da invenção da penicilina, em 1928.
Como é realizado o diagnóstico?
Além da análise clínica, que compreende a observação dos sintomas físicos e a escuta do paciente, o diagnóstico é feito por exames laboratoriais. Existem testes rápidos e de sangue que podem ser pedidos em rastreios de rotina.
Gestantes podem fazer testagem e, havendo resultado positivo, iniciar o tratamento antes do exame de confirmação. Na avaliação da possibilidade de infecção por sífilis congênita em recém-nascidos e crianças, é fundamental examinar o bebê e fazer a anamnese da mãe.
Leia mais:
O que é sífilis e o que ela pode causar? • Summit Saúde
5 ISTs mais comuns: diagnóstico e tratamento • Summit Saúde
Quais são as formas de prevenção contra ISTs? • Summit Saúde
Quais são as opções de tratamento?
A forma mais eficaz de combater a doença ainda é com benzetacil, disponibilizada pela rede de atenção básica.
Quais são as formas de prevenção?
Tal como ocorre com as demais ISTs, a sífilis pode ser prevenida com o uso correto de preservativos femininos e masculinos, o que evita o contato entre as mucosas e os genitais.
No caso da sífilis congênita, o pré-natal é a principal forma de tratar a doença e evitar que a infecção seja transmitida à criança. Assim, o bebê fica livre dos riscos da IST, que envolvem aborto espontâneo, má-formação, parto prematuro, surdez, cegueira, deficiência mental e até óbito.
Fonte: Governo Federal, MS.