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Segundo o relatório Spam and Phishing in Q1 2021, publicado pela empresa de segurança digital Kaspersky, golpes virtuais envolvendo a imunização aumentaram significativamente nos primeiros meses deste ano.
Além de serem totalmente falsos e sem relação com órgãos oficiais de saúde, os materiais encaminhados por criminosos podem trazer uma série de prejuízos não apenas para as vítimas, mas também para o próprio esquema de vacinação de uma região.
Conhecendo os ataques
Os especialistas em segurança digital encontraram uma série de páginas falsas e e-mails que se passavam por órgãos oficiais do governo ou empresas farmacêuticas com informações, campanhas e até questionários relacionados à pandemia.
O caso mais grave foi identificado no Reino Unido. Em um golpe conhecido como phishing, em que o criminoso imita um site de verdade para roubar dados, usuários eram levados a uma página com o mesmo visual do serviço público de saúde da região para um suposto agendamento da vacinação.
Em vez de confirmar a data da imunização, a vítima tinha que colocar dados pessoais e até bancários em um formulário que era enviado diretamente para os criminosos.
Em outros endereços, após responder a uma pesquisa, o usuário era convidado a transferir uma quantia em dinheiro para liberar prêmios em dinheiro ou medicamentos que não existem de verdade.
Prejuízo até na vacinação
O prejuízo para quem cai nesse tipo de golpe é variado, pois, ao preencher formulários completos, são fornecidas informações que podem ser aplicadas em roubo de identidade, transações bancárias sem autorização e outras modalidades de ataques cibernéticos.
Além disso, ao fazer o download de programas ou baixar anexos suspeitos, a vítima pode ser infectada com ferramentas que coletam ainda mais informações, como senhas de acesso a serviços e contas, podendo até controlar o aparelho remotamente de acordo com a gravidade da infecção.
Porém, os crimes virtuais envolvendo a pandemia podem inclusive prejudicar as campanhas de vacinação, pois as vítimas podem achar que estão agendando a data de recebimento da dose, perdendo prazos oficiais importantes. Outro problema é que essas informações divulgadas nos golpes, que normalmente são falsas, acabam “competindo” pela atenção com as declarações verdadeiras de datas e serviços.
Como se proteger?
De acordo com a Kaspersky, o relatório reforça que é preciso ter cada vez mais cuidado ao consumir conteúdo relacionado à pandemia em meios online.
Por isso, é necessário pensar duas vezes antes de clicar em endereços suspeitos, mesmo aqueles enviados por mensageiros e redes sociais por contatos adicionados. Para se informar ou realizar cadastros, prefira sempre as fontes primárias de informação, como páginas e perfis de governos e prefeituras.
Além disso, no caso de ferramentas online, baixe somente aplicativos oficiais nas lojas de celular recomendados pelas autoridades, como o Meu DigiSUS do Ministério da Saúde, por exemplo, ou variações que dependem da cidade
Fonte: Kaspersky.