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Recursos de suporte para a decisão clínica ajudam operadoras de saúde?

O Brasil tem 750 empresas de saúde suplementar, segundo informações da Agência Nacional de Saúde (ANS) obtidas em agosto de 2020. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), essas instituições contam com aproximadamente 160 mil médicos credenciados para atender a cerca de 47 milhões de beneficiários ativos.

No setor de saúde, as orientações e diretrizes para a prática clínica são projetadas para diminuir o uso de intervenções desnecessárias, ineficazes ou prejudiciais. Dessa forma, recursos de suporte à decisão clínica podem auxiliar na prestação de cuidados médicos com qualidade, aumentando a eficiência de atendimentos e reduzindo os custos de operadoras.

Nos últimos anos, uma série de tecnologias tem ajudado a aperfeiçoar as empresas de saúde suplementar. Prontuários eletrônicos, telemedicina, inteligência artificial, plataformas com conteúdo clínico atualizado, triagem virtual, entre outras soluções estão se tornando peças essenciais para o funcionando das operadoras em um setor altamente acirrado.

Atração de profissionais de saúde

Uma operadora de plano de saúde vende aos seus clientes, basicamente, os serviços de uma rede de profissionais credenciados. Portanto, a base do negócio gira em torno da capacidade de essas empresas atraírem bons profissionais para seus quadros e oferecerem um ambiente de trabalho com qualidade e segurança.

Diversos requisitos básicos influenciam na escolha dos médicos na hora de escolher o plano de saúde para se credenciar, como valor pago por consulta, reputação da operadora, índice de reclamação e Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS). Para se destacar da concorrência e atrair novos membros, as empresas precisam oferecer diferenciais.

Diferencial tecnológico

O uso da tecnologia na medicina e do suporte à decisão clínica pode fazer a diferença. A inovação é uma forma eficiente de atrair médicos, em especial os mais jovens, pela afinidade com os meios digitais. As ferramentas tecnológicas podem garantir melhor efetividade clínica, diminuição da variabilidade clínica e até segurança do paciente.

Esses recursos são essenciais para prover informações clínicas para os profissionais da saúde no ponto de atendimento, auxiliando no diagnóstico ou na sugestão de tratamentos. Assim, as operadoras de saúde que investem na tecnologia em medicina oferecem um diferencial a seus médicos credenciados.

Tecnologias digitais na saúde

Recursos tecnológicos já fazem parte do cotidiano profissional dos médicos. (Fonte: Shutterstock)

A pesquisa Conectividade e Saúde Digital na vida do médico brasileiro, realizada em fevereiro pela Associação Paulista de Medicina, aponta que 90% dos médicos acreditam que as novas tecnologias digitais que tenham alto padrão de segurança e ética podem ajudar a melhorar a assistência em saúde à população.

Entre os diversos tipos de atuação com tecnologia citados, 30,7% dos pesquisados afirmaram que já utilizam algum tipo de telemedicina. A forma mais conhecida é a telerradiologia, apontada por 76,75%, seguida pela telecardiologia (45,53%). Além disso, 70% dos profissionais consultados acreditam que é possível ampliar o atendimento além do consultório usando essa ferramenta tecnológica.

De acordo com o levantamento, 61% dos médicos utilizam tecnologia no consultório ou nos hospitais para o armazenamento de informações dos pacientes. A ferramenta tecnológica mais usada no cotidiano é o prontuário eletrônico (48,%), seguido por softwares de gestão para agendamento de consultas (18,4%) e armazenamento de dados em HD ou nuvem (17,5%).

Facilitação do trabalho médico

Ferramentas agilizam a burocracia, melhoram diagnósticos e podem sugerir tratamentos mais viáveis com eficácia. (Fonte: Shutterstock)

A relação entre medicina e tecnologia é reforçada pela necessidade de os médicos realizarem inúmeras atividades simultâneas e precisarem otimizar o trabalho para dar conta da rotina. Para cada hora de atendimento direto ao paciente, outras duas podem ser necessárias em frente ao computador em tarefas burocráticas ou relacionadas a pesquisas ao mesmo tempo em que cuidam dos pacientes.

Por isso, é importante oferecer aos profissionais da saúde ferramentas que possam facilitar o trabalho, garantindo qualidade e agilidade. Uma solução de recurso de suporte à decisão clínica que pode ser útil é possibilitar o acesso à informação e reduzir a quantidade de textos científicos que devem ser lidos para atualização.

Decisões baseadas em evidências podem fortalecer a base de conhecimento dos médicos e ajudar a diminuir a variabilidade do cuidado, pois permitem que se mantenham atualizados sobre o conhecimento médico em rápida evolução, levando a um tratamento mais eficaz.

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Fontes: Agência Brasil, Conselho Federal de Medicina (CFM), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Associação Paulista de Medicina (APM).

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