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Quais cidades sofrem mais com dengue, zika e chikungunya?

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No Brasil, foram registrados mais de 855 mil casos de dengue em 2022 até 16 de maio, uma alta de 165,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. Os casos de chikungunya chegaram a 76 mil, um crescimento de 75%. Já com relação à zika, foram mais de 3 mil registros, uma elevação de 70%.

O surto das doenças, que têm o mosquito Aedes aegypti como vetor, causou a escassez de insumos para realizar o diagnóstico de dengue ou chikungunya e a falta de reagentes para exames de reação de transcriptase reversa seguida de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR), que detectam simultaneamente as três arboviroses.

A dificuldade afetou os Estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Piauí, além do Distrito Federal, e ainda não há previsão para a normalização do abastecimento. A chegada dos produtos é dificultada pela guerra na Ucrânia e pelo lockdown por conta da covid-19 na China, como apontou o Comitê Gestor de Recursos Laboratoriais (CGLab).

Campeões de incidência de dengue, chikungunya e zika

O mosquito transmissor das arborviroses tem o hábito de picar durante o dia. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A Região Centro-Oeste apresentou a maior incidência de dengue, com taxa de 1.283,8 casos a cada 100 mil habitantes. A chikungunya tem maior ocorrência na Região Nordeste, com 106,8 casos a cada 100 mil habitantes; enquanto a Região Norte tem maior incidência de zika, com 2,47 casos a cada 100 mil habitantes.

Confira as cidades que tiveram o maior número de casos de cada arbovirose.

Dengue

Febre alta, dores de cabeça, no corpo e nas articulações são sintomas de dengue. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Brasília (DF) é a cidade brasileira que registrou o maior número de pessoas com dengue, com mais de 41 mil casos e taxa de 1.339 casos a cada 100 mil habitantes. No entanto, a cidade de Votuporanga (SP) teve a maior incidência do País, com 8.973 a cada 100 mil habitantes, com quase 10% da população confirmados com a doença.

  1. Brasília (DF): 41.438 casos (1.339,2 a cada 100 mil habitantes).
  2. Goiânia (GO): 38.521 casos (2.476,2 a cada 100 mil habitantes).
  3. Joinville (SC): 14.066 casos (2.326 a cada 100 mil habitantes).
  4. Aparecida de Goiânia (GO): 11.312 casos (1.879,6 a cada 100 mil habitantes).
  5. Palmas (TO): 11.036 casos (3.522,0 a cada 100 mil habitantes).

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Chikungunya

Cerca de 30% dos casos de chikungunya não apresentam sintomas. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A cidade com mais números de casos confirmados de chikungunya é Juazeiro do Norte (CE), enquanto a maior incidência foi registrada em Salgueiro (PE), com taxa de 4.257,6 por 100 mil habitantes. Das cinco cidades com mais registros da doença, quatro estão no Ceará.

  1. Juazeiro do Norte (CE): 4.144 casos (1.489,2 a cada 100 mil habitantes).
  2. Fortaleza (CE): 4.058 casos (150,1 a cada 100 mil habitantes).
  3. Salgueiro (PE): 2.621 casos (4.257,6 a cada 100 mil habitantes).
  4. Crato (CE): 2.530 casos (1.889,3 a cada 100 mil habitantes).
  5. Barbalha (CE): 1.994 casos (3.233,8 a cada 100 mil habitantes).

Zika

Zika vírus pode comprometer o desenvolvimento do feto e provocar microcefalia em bebês. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

As cinco cidades com maior registro de zika representam mais de 20% de todos os casos confirmados no Brasil. Ainda que Petrolina (PE) tenha o maior número de casos, Várzea (RN) tem a maior incidência, com taxa de 1.012,8 casos por 100 habitantes e 56 confirmações da doença.

  1. Petrolina (PE): 213 casos (59,3 a cada 100 mil habitantes).
  2. Caculé (BA): 204 casos (871,5 a cada 100 mil habitantes).
  3. Santo Antônio (RN): 116 casos (475 a cada 100 mil habitantes).
  4. São Mateus (ES): 70 casos (52 a cada 100 mil habitantes).
  5. Rondinha (RS): 68 casos (1.351 a cada 100 mil habitantes).

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Fonte: SBCBM, Leforte, Cirurgia Bariátrica Convênio, Ministério da Saúde

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