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Dia Mundial do Orgasmo: conheça os benefícios para a saúde

Female holding Dildo vibrator

O Dia Mundial do Orgasmo, celebrado em 31 de julho, é uma data voltada a promover a importância do prazer sexual e desmistificar tabus. A comemoração ressalta o papel da sexualidade para a promoção da saúde física e emocional.

O orgasmo é parte natural e saudável da experiência sexual. No entanto, cerca de 35% das mulheres heterossexuais não atingem o clímax durante a relação, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Archives of Sexual Behavior.

“A relação é para a gente ter prazer”, explica a Dra. Bruna Knudsen. Cada pessoa tem de se autoconhecer para entender os caminhos para o clímax em uma relação sexual. “Entender as limitações e gostar do próprio corpo são fatores que aumentam as chances de orgasmo”, completa a médica.

Conheça dez benefícios do orgasmo para a saúde.

1. A excitação começa no cérebro

O orgasmo libera hormônios que atenuam os sintomas de ansiedade e depressão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

O orgasmo está diretamente relacionado à libido, ao desejo sexual. Para alcançar o clímax sexual, o cérebro processa informações sensoriais, visuais, auditivas, táteis e até de imaginação. Isso desencadeia uma reação em todo o corpo para regular a resposta sexual, trazendo também benefícios para a saúde.

2. O clitóris tem 10 mil terminações nervosas

Com 10 mil terminações nervosas, o clitóris é o principal centro do prazer para a mulher. Já o pênis tem apenas 4 mil terminações. “O sexo no nosso País é muito falocêntrico, mas o clitóris é bem mais excitante e traz um orgasmo mais intenso”, comenta a médica.

3. A masturbação ajuda a ter orgasmos

O autoconhecimento sobre os caminhos da excitação do próprio corpo é um dos principais fatores que contribuem para o orgasmo. Portanto, a masturbação pode ajudar a chegar no clímax sexual com mais rapidez, facilidade e intensidade. Os benefícios gerados para a saúde são equivalentes aos alcançados com a relação sexual.

4. O orgasmo reduz a ansiedade e a depressão

Quando o orgasmo ocorre, o corpo libera e retém por mais tempo os hormônios do bem-estar, como serotonina e endorfina, contribuindo para a redução dos sintomas da depressão e da ansiedade. “Se a gente tem orgasmo, é como um antidepressivo natural”, avalia Knudsen.

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5. O orgasmo alivia as dores

A liberação de serotonima e endorfina atenua os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM). “Durante o orgasmo, as contrações no útero tornam mais fácil a saída do sangue e evitam um pouco das cólicas”, explica a médica. Se alguma dor aparecer durante o clímax, é um sinal de alerta. A mulher pode ter endometriose, que é bastante comum e subdiagnosticada.

6. As mulheres podem ter múltiplos orgasmos

Uma mulher pode ter dez ou mais orgasmos em uma mesma relação sexual. “O primeiro orgasmo vai ter a maior intensidade, os outros vão ser um pouco menores”, relata Knudsen. No caso do homem, não existe um limite definido, mas a média costuma ser bem menor.

7. A relação sexual é uma atividade física

A relação sexual exige uma carga muscular e cardiorrespiratória do organismo e pode ser considerada uma atividade física. “Uma relação sexual pode contar para a saúde do coração, porque melhora a circulação”, esclarece a médica.

8. Fortalecimento da região pélvica

As contrações musculares involuntárias que ocorrem durante o orgasmo ajudam a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, o que pode ser benéfico para a saúde sexual e a prevenção de problemas como a incontinência urinária.

9. O orgasmo estimula o coração

Além da liberação de citocina, conhecido como “hormônio do amor”, o orgasmo acelera o coração e melhora a circulação do sangue para todo o corpo. Mas pessoas com contraindicações em virtude de problemas cardíacos devem conversar com um médico antes de gastar muita energia.

10. Idosos podem ter orgasmos

Apesar da diminuição de hormônios e de fatores como menopausa e andropausa, os benefícios dos orgasmos também podem ser obtidos após os 60 anos de idade. “Os idosos sexualmente ativos se sentem até dez anos mais novos que os idosos não sexualmente ativos”, compara a médica.

Dra. Bruna Knudsen é formada pela Unimes, em Santos (SP) e fez especialização em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos. A médica é apresentadora do quadro “Sexualidade Descomplicada”, na TV Tribuna, afiliada da TV Globo na Baixada Santista e no Vale do Ribeira.

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