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Estudo apresenta nova forma de tratamento do câncer colorretal

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Um novo estudo publicado apresentou alta eficácia no tratamento de pacientes com câncer colorretal. Por se tratar de uma condição que pode levar anos para se desenvolver sem manifestar sintomas expressivos e implicar alto risco de mortalidade, tem exigido cada vez mais de médicos e de pesquisadores a obtenção de avanços em novas formas de intervenção e de prevenção do tumor.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença se tornou o segundo tipo de câncer mais incidente tanto em homens quanto em mulheres no Brasil. Outro ponto que merece destaque é o fato de o tumor colorretal também ocorrer predominantemente em adultos, evidenciando a necessidade de que a prevenção seja mais efetiva na população dessa faixa etária.

No caso do câncer retal em que há deficiência de enzimas de reparo do ácido desoxirribonucleico (DNA), em específico, o tratamento realizado com quimioterapia ou radioterapia costuma ser menos eficaz, porque a resposta é diminuída no organismo, deixando como um último recurso a cirurgia.

Procedimentos cirúrgicos, por sua vez, muitas vezes provocam efeitos colaterais, ocasionando desconforto, disfunções intestinal e sexual ou mesmo perda da fertilidade.

Estudo mostra avanço em nova forma de cura do câncer. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Descobertas excedem expectativas

O estudo clínico de fase II realizado pelo University of North Carolina (UNC) Lineberger Comprehensive Cancer Center revela novas perspectivas para os pacientes, pois demonstra que o tratamento à base de imunoterapia (dostarlimab) foi capaz de promover a regressão do câncer no grupo de 12 pessoas avaliadas no experimento.

Se, por um lado, existe a necessidade de que mais pesquisas sejam realizadas com um número maior de participantes para obter dados mais expressivos; por outro, o resultado mostra a possibilidade de ofertar um tratamento que gere menos desconforto e acarrete menos efeitos colaterais aos pacientes, contribuindo para uma melhoria significativa na busca pela cura do tumor.

Segundo Hanna K. Sanoff, diretora de qualidade e inovação do Hospital do Câncer da Carolina do Norte e professora da divisão de Oncologia da Faculdade de Medicina da UNC, ainda não se sabe exatamente por qual período o medicamento aplicado fará efeito, uma vez que o estudo permitiu acompanhar o recuo da doença pelo período de seis meses a dois anos.

Imunoterapia superou as expectativas dos estudiosos. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Durante o período, os pacientes foram monitorados por meio de ressonância magnética, tomografia e endoscopia e todos apresentaram completa resolução do tumor, sem ter a necessidade de aplicação de outro tratamento complementar e o mais importante: sem registrar uma nova manifestação do câncer colorretal.

Além disso, Sanoff destaca que foi possível obter resultados superiores aos do procedimento realizado com quimioterapia padrão associada à radiação e que alguns sintomas geralmente presentes, como sangramento e dor, não foram observados no tratamento com dostarlimab — o que encoraja a continuidade de estudos que busquem abordagens mais eficazes para a população.

Quer saber mais? Assista aqui à opinião de nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fonte: Drausio Varela, Inca, Science Daily

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